ver segunda parte
Iremos
estudar esse assunto tão importante para um projeto mineral, mais importante
ainda que outros critérios.
Iremos
estudar em diversos artigos:
- a estupidez
do ponto de visto genêrico ou a caracterização
- o calculo
matematico da estupidez
- o gráfico
da estupidez
- as
variações de estupidez
- discussão
sobre a estupidez
- a estupidez
e a biologia
- enfim, o
poder negativo da estupidez
esses artigos foram enviados por Fernando Lemos
No decorrer dos negócios e empreendimentos minerais aos quais participei na
Amazõnia, verifiquei que o resultado final dos desviadores de dinheiro
(bastante comums) era sempre menos desastroso que o resultado provocado pelas
atitudes estúpidas dos chefes
Ao instar da sociedade considerar espertos bandidos contra bobos estupidos,
não pode, entretanto criar uma oposição entre bandido e estúpido, pois ha
também exemplos fartos de bandidos estupidos.
A estupidez sempre me fascinou. A minha, é claro – e isso
é motivo suficiente para grande ansiedade. Porém, a situação é mais grave
quando se tem a oportunidade de observar importantes decisões tomadas por
pessoas importantes.
Geralmente tendemos a culpar a perversidade intencional,
a malícia astuta, a megalomania, e outros defeitos morais pelas más decisões.
Tudo isso conta, é claro, mas qualquer estudo cuidadoso da história, ou dos
fatos, leva à conclusão invariável de que a maior fonte de terríveis erros é
puramente a estupidez. Quando ela combina com outros fatores (como acontece
amiúde) os resultados podem ser devastadores.
Um dos muitos exemplos de estupidez é o uso da intriga e
do poder de manipulação no que se chama de “comportamento maquiavélico”.
Obviamente, ninguém leu os livros de Maquiavel, e não é isso o que o velho
Niccolò quis dar a entender.
Outra fato que me surpreende (ou não) é o escasso
material dedicado ao estudo de um tema tão importante como esse. Existem nas
universidades departamentos para analisar as complexidades matemáticas, os
movimentos das formigas do Amazonas, a historia medieval da ilha de Perima, mas
nunca soube de uma Fundação ou Conselho Consultivo que dê apoio
aos estudos da Estupidologia.
Encontrei pouquíssimos bons livros sobre o tema. Um que
li quando era adolescente, e do qual nunca me esqueci, se chama Uma Breve Introdução à História
da Estupidez Humana de Walter B. Pitkin, da
Universidade de Columbia, publicado em 1934. Encontrei-o por acidente faz
muitos anos, quando estava mexendo nas estantes de livros de minha mãe. Fiquei
muito contente, quando fui a casa dela ontem para buscá-lo. Ele ainda estava
lá. Assim, velho como é, ainda é um livro muito bom. Algumas das observações do
Professor Pitkin parecem extraordinariamente corretas, sessenta anos depois.
Mas, por que o autor chama de “uma breve introdução” a um
livro de 300 páginas? Ao final do livro, diz: Epílogo:
agora estamos prontos para começar a estudar a Historia da Estupidez. E
nada se segue.
O Professor Pitkin foi um homem muito sensato. Sabia que toda uma vida era muito pouco tempo para cobrir ainda
que um fragmento de tão vasto tema. Assim,
publicou a Introdução, e isso foi tudo.
Pitkin estava muito consciente da carência de trabalhos
prévios sobre o assunto. Ele tinha a sua disposição uma equipe de
investigadores a qual pôs a realizar pesquisas nos arquivos da Biblioteca
Central de Nova York. Nada encontraram. Segundo Pitkin, havia somente dois
livros sobre a matéria: Aus
der Geschite der menschlichen Dummheit de
Max Kemmerich, e Über Dummheit de Leopold Loewenfeld. Infelizmente
não entendo alemão, apesar de “Dummheit ” me parecer suficientemente claro; e
creio que Kemmerich e Loewenfeld tiveram abundância especial de material para
seus estudos, levando em conta o que aconteceu na Alemanha em 1933 e nos anos
seguintes.
Na opinião de Pitkin, quatro de cada cinco
pessoas tem quociente de estupidez suficientemente grande para ser chamadas
“estúpidas”. Isso equivaleria a quinhentos milhões de pessoas, à época
que ele escreveu o livro; agora são mais de quatro bilhões. Esse número por si
já é bastante estupidez.
Ele observou que um dos problemas da Estupidez é que ninguém
tem uma definição realmente boa. De fato, os
gênios são amiúde considerados estúpidos por uma maioria estúpida (apesar de que
ninguém tem, tampouco, uma boa definição de genialidade). Mas a estupidez
definitivamente existe, e há muito mais dela do que sugerem nossos mais
terríveis pesadelos. De fato ela domina o mundo
– o que é claramente comprovado pela forma com que ele é governado.
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