quarta-feira, 27 de agosto de 2014

2500 anos de história e o sistema de recuperação no garimpo continua o mesmo

Medeia é uma peça de Eurípides que foi apresentada pela primeira vez no ano 431 Antes de Cristo. A história é terrível e já inspirou muitos autores nesses quase 2.500 anos (boa parte dos mitos gregos já estão tão amalgamados à cultura popular occidental que um sujeito pode até saber algo do que se narra em uma história sem saber das fontes originais).  Medeia é uma princesa/feiticeira que destrói tudo a seu redor. É por amor, quanto ajuda Jasão e os argonautas na Cólquida (mais ou menos onde hoje é a Geórgia, (ex república soviética).
O que é descrito na peça de Eurípides se passa uns dez anos depois dos sucessos da busca de Jasão pelo velocino de ouro. Robert Graves e Strabon já nos ensinaram que este mito esta relacionado com pelegos de ovelha que eram utilizados no garimpo de ouro nos rios da região da Cólquida;

há milenares, muitos povos sabem lavar aluviões auríferas. E os egípcios já sabiam nesta época bem  ate antes de Euripides, mas é a primeira vez que temos uma descrição de como se lavava o ouro. A lenda da tosão de ouro relata em realidade uma das primeiras fofocas de garimpeiros conhecida. Quando Jason e os outros argonautos embarcaram no navio Argo para ir ate Colquida, eles sabiam por marinheiros gregos, a informação correndo como num rastilho de pólvora, que no norte da Asia menor, perto da margem de Euxin no mar negro, existia uma floresta sagrada onde tosões de ouro ficavam suspensos em arvores. Lá uma tribo lavava areias auríferas em caixas de madeira com tapetes de peles de carneiros que seguravam o ouro fino. Colocava-se as peles para secar penduradas nas arvores antes de batê-las e recolher o ouro.  Esses garimpeiros trabalhavam exatamente como se trabalha hoje com as caixas e cobra fumando, só que as peles de carneiro migraram para nossos carpetes sintéticos.


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