terça-feira, 4 de novembro de 2014
Muito ouro num único dia e ouro que mal da para pagar as contas na maioria do tempo:
Pois, Independentemente do tamanho da aluvião, a distribuição dos
minerais terá sempre uma maior variabilidade lateral do que longitudinal, em
função das condições de competência e capacidade da drenagem que se modificam
muito mais no sentido ortogonal a drenagem.
Quanto a aspecto económico e de
lavrabilidade, de aluviões podem ser divididos em:
· Pequenas aluviões no leito de
drenagens menores não navegáveis;
· Grandes aluviões no leito das
drenagens maiores navegáveis;
· Paleocanais nas margens das drenagens
atuais navegáveis.
O Tapajós tem os três tipos
reunidos
Do ponto de vista geológico, o
perfil é geralmente semelhante nos 3 casos, qual seja um overburden
argilo-arenoso, de poucos metros de espessura, recobrindo um horizonte de
cascalho com cimento argiloso, de poucos decímetros de espessura. O ouro se
concentra no cascalho inferior, mas muitas vezes se encontra em toda a coluna,
se bem que em teores e em granulometria menores nas porções mais fina do perfil
do aluvião. O que muda é a maneira de lavrá-los.
Pequenos aluviões são lavrados,
regra geral, por desmonte hidráulico, utilizando monitores de 2", bombas
de sucção de 4" a 6" e concentração em calha riflada. Esta atividade
é desenvolvida no Brasil por garimpeiros, que para esta atividade se formam em
grupos de 4 ou 5. Tal estrutura tem se mostrado viável, pois em locais de
difícil acesso tal equipamento é transportável, o que é feito pela mesma equipa
que opera. A recuperação pode ser baixa, da ordem de 60 % ou menos, uma vez que
os “sluice” apresentam baixa eficiência de retenção para ouro com granulometria
menor que 120# ( 120 abertura por polegada linear) e a reserva geralmente
envolvida, da ordem da centena de quilos de ouro, justifica implantar
instalações de cianetação, toscas.
Aluviões de drenagens navegáveis
são geralmente trabalhados por chupadeiras, que na sua forma mais simples são
constituídas por uma bomba de sucção de 6" flutuante, sendo o material
bombeado concentrado em calhas rifladas ( sluice). A sucção é comandada por um
mergulhador, que seleciona as melhores áreas ( manchas mais ricas devido as
variabilidades de concentração transversal e longitudinal na corrente) em
função de sua experiência e multi tentativas no leito do rio.
Paleocanais são geralmente mais
consolidados e necessitam ser desmontado, o que pode ser feito seja por
retroescavadeiras seja por dragas flutuantes, dependendo da posição em relação
ao leito do rio atual. As dragas são semelhantes às chupadeiras, mas na
extremidade da sucção existe uma cabeça cortante que substitui o mergulhador. É
fácil ver que tal equipamento tem limitações quando se opera em áreas com
raizes e troncos de árvores ou então quando há presença de boulders.
No Rio Madeira a Andrade
Guttierez fez pesquisa e no perfil foi identificado cascalho com decímetros de
espessura com mineralização acima de meio grama (no cascalho), com capeamento
argilo-arenoso de mais de 15 metros de espessura e baixa mineralização, caso
fosse lavrado e tratado todo o pacote do aluvião será prejuízo certo, porém,
caso seja decapeado e tratado apenas o cascalho a lavra se torna lucrativa.
Um capeamento de 15 metros de
espessura é difícil de ser retirado com PC (baixa capacidade) para volume tão
grande, que permita lucro.
A lavra das aluviões de baixos
teores (0,1 gramas/metro cúbico) exige equipamentos com capacidade de trabalhar
grandes volumes com baixo custo por metro cúbico lavrado. Por exemplo a DRAGA
DE ALCATRUZES XICA DA SILVA da Mineração Tijucana que lavrava diamante no rio
Jequitinhonha com capacidade para 480.000 metros cúbicos mês.
Grandes dragas YUBA tem escavado
até profundidade de 55/60 metros em aluviões na Sibéria e de 35/40 metros nos
USA.
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