quarta-feira, 5 de novembro de 2014
Qualquer um pode achar um corpo com diamantes
Com as descobertas de diamante secundário
pipocando na região do Tapajós, o intenso interesse dos nossos leitores no
assunto e as discussões a respeito de sua origem, seja em lamproitos já detectados,
kimberlitos já encontrados ou mesmo conglomerados mapeados na região dos
diamantes do Tapajós, iremos iniciar um indispensável trabalho de base explicando
aos nossos leitores leigos com a ajuda dos nossos leitores informados, o que
significam esses termos um tanto complicado e como é possível encontrar um
corpo primário com diamantes numa área menor do que um campo de futebol, mas
que pode enriquecer você, sua região e ate o seu pais. apesar de difícil, queremos mostrar que achar um corpo primário com diamantes não é exclusividade de empresas especializadas e que um curioso com conhecimentos de base tem a mesma chance que uma empresa com parafernália técnica
Iremos iniciar pelos kimberlitos, termo famoso como fonte de diamantes,
mas de origem africana.
Segundo Rodrigo Correia Barbosa, o
kimberlito é uma rocha ígnea intrusiva, um peridotito composto por olivina
(normalmente serpentinizada) com quantidades variáveis de flogopita,
ortopiroxênio, clinopiroxênio, carbonatos e cromita. Todos esses minerais
formam uma rocha ultra básica e escura e extremamente fraca perante as intempéries
e portanto não vai ser fácil o encontrar sob a forma de rocha fresca mas sob
formas alteradas e de cores totalmente diferentes da sua cor e aspecto original.
Os kimberlitos são a mais importante
fonte de diamantes, porém sua existência só se tornou conhecida no ano de 1866.
Os depósitos da região de Kimberley na África do Sul foram os primeiros
reconhecidos e deram origem ao nome. Os diamantes de Kimberley foram
encontrados originalmente em kimberlito laterizado. Classifica-se
grosseiramente, em função das características do kimberlito de Kimberley o
kimberlito como sendo “yellow ground” e “blue ground”. Yellow ground é relativo
ao kimberlito intemperizado que se encontra na superfície. Blue ground é
relativo ao kimberlito não intemperizado, encontrado em profundidades
variáveis.
O kimberlito ocorre principalmente
nas zonas de crátons, porções da crosta terrestre estáveis desde o período
Pré-Cambriano. No Brasil existem três áreas cratônicas. O cráton Amazônico onde
situa-se o Tapajós é a principal delas, porém ao sul de Rondônia e norte do
Mato Grosso também encontra-se kimberlitos. O cráton do São Francisco ocupa
grande parte de Minas Gerais e destaca-se na região sudeste do Brasil, porém
nele, com exceção dos kimberlitos pobres da Serra da Canastra, não se conhecem
rochas kimberlíticas mineralizadas.
Os kimberlitos são um grupo de rochas
ultrabásicas ricas em voláteis (principalmente dióxido de carbono). Normalmente
apresentam textura inequigranular característica, resultando na presença de
macro-cristalizações inseridas em uma matriz de grãos finos. A montagem destas
macro-cristalizações consistem em cristais anédricos de ilmenita magnesiana,
piropo titaniano pobre em cromo, olivina, clinopiroxênio pobre em cromo,
flogopita, enstatita e cromita pobre em titânio, sendo que a olivina é o membro
dominante. Os minerais da matriz incluem olivina e/ou flogopita juntamente com
perovskita, espinélio, diopsídio, monticellita, apatita, calcita e serpentina.
Alguns kimberlitos contém
flogopita-estonita poiquilítica em estágio avançado.
Sulfetos de níquel e rutilo são
minerais acessórios comuns. A substituição de olivina, flogopita, monticellita
e apatita por serpetina e calcita é comum.
Membros desenvolvidos do grupo do
kimberlito podem ser pobres ou desprovidos de macro-cristalizações e compostos
essencialmente de calcita, serpentina e magnetita juntamente com flogopita,
apatita e perovskita, os últimos em menor quantidade.
Segundo Kopylova (2005), em
referência a Clement e Skinner (1985), o kimberlito pode ser dividido em três
unidades que iremos estudar mais tarde, baseadas em sua morfologia e
petrologia:
Kimberlitos de crateiras, kimberlitos de diatremas e kimberlitos abissal
3 comentários:
Quero um mapa que possa me mostrar onde tem kimberlito alguem pode me ajudar com isso
Agradeço
Boa noite
Me chama no whats (55) 99669-3683!
Quero um mapa q mi mostre onde encontrar kimberlito
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