Ver o eldorado de manoa
Em 1534, logo depois que os espanhóis completaram a conquista do Império Inca e refundaram a Kitu dos incas
como San Francisco de Quito (no atual Equador), o rei de uma tribo foi lá
solicitar ajuda dos espanhóis para a guerra de seu povo contra os muíscas. Ele
afirmou que na terra dos muíscas havia muito ouro e esmeraldas e descreveu a
cerimônia do homem coberto de ouro que, durante séculos, despertaria a cobiça
dos conquistadores.
Cronistas relatam que, assim que o
impulsivo Sebastián de Belalcazar ouviu a
história, exclamou "Vamos procurar esse índio dourado!" Mas
não foi o único. Belalcázar saiu de Quito em busca de El Dorado já
em 1535, mas Nicolás de Federmann, que saiu da
Venezuela no mesmo ano; e Gonzalo
Jiménez de Quesada, que partiu da costa norte da Colômbia no ano seguinte. O último foi o
primeiro a chegar à terra dos musicas, perto de Bogotá e conquistá-los,
em 1537. Os outros dois disputaram seu
domínio da região em 1539, mas submeteram-se
à arbitragem do rei da Espanha, que concedeu o governo da região de Popayán (ao
sul) a Belalcázar. Quesada obteve os títulos de marechal do Novo Reino de
Granada (nome que dera à região) e de Governador de El Dorado,
voltando em 1549. Federmann nada obteve e foi
processado pela família Welser de Augsburgo,
que financiara sua expedição, acabando por morrer na prisão.
Em 1568, com 60 anos, Jiménez de
Quesada recebeu a missão de conquistar Los Llanos ("As Planícies"), a
leste dos Andes, com a ideia de encontrar Eldorado. A expedição partiu de
Bogotá com 400 espanhóis e 1.500 indígenas e alcançou a confluência dos rios Guaviare
e Orinoco, mas não pôde prosseguir e retornou quatro anos depois, derrotada e
reduzida a 70 homens. Com sucessivas explorações, a localização do suposto
Eldorado foi se deslocando cada vez mais para leste, em território do que é
hoje a Venezuela e depois o atual estado brasileiro de Roraima e as Guianas.
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