quarta-feira, 15 de abril de 2015
A estupidez ao nível BIOLÓGICO
O “problema da estupidez” não existe em um ambiente
biológico básico. O processo se baseia na produção de um número extremadamente
grande de mutantes “idiotas”. Pouquíssimos, apenas os mais bem “adaptados”,
sobrevivem. É assim mesmo! Desse ponto de vista, o que vemos como uma
catástrofe é tão somente outra variação no curso “natural” dos eventos. Os
botânicos entendem a destruição por incêndios como um passo necessário, de fato
desejável, na evolução de uma floresta. Os milhões de criaturas vivas que
sucumbem no processo poderão não concordar, mas suas opiniões são irrelevantes.
Desse ponto de vista, as soluções são simples e muito
efetivas. Se há gente demais, tudo o que precisamos é de outra calamidade (ou
qualquer mecanismo de matança que não interfira demais como o ambiente em sua
totalidade) que possa aniquilar 90 por cento da população. Os dez por cento que
sobrevivem tão logo se refaçam do choque, provavelmente considerarão bastante
aceitável o ambiente resultante. Provavelmente são também geneticamente
semelhantes: compartilhando aspectos específicos de aparência e de atitude. Se
todos têm cabelos verdes, ou olhos cor de rosa, e gostam de clima úmido, logo
passam a considerar estranhos e inferiores os indivíduos extintos com qualquer
outra cor de olhos e cabelos e os que gostam de clima seco e ensolarado, e
então seus livros de história sobre a adaptação à umidade tratariam a maioria
de nós como nós tratamos os Neandertais.
De uma perspectiva cósmica, a destruição ou esterilização
de nosso planeta, pelo poderio nuclear (ou químico) criado pelo homem, ou pela
colisão com algum meteoro errante, seria um detalhe irrelevante. Se isso
acontecer antes do desenvolvimento das viagens espaciais e da colonização de
outros planetas, o desaparecimento de nossa espécie (junto com o resto da
biosfera terrestre) não causaria muita comoção, mesmo dentro de nossa galáxia.
Mas em um ambiente biológico especial onde certa espécie
(tal como a nossa) se estabelece, o sistema é baseado na suposição de que o
ambiente pode, e de fato deve, ser controlado; e que cada indivíduo em nossa
espécie (e nas outras espécies que “protegemos”) é capaz de viver mais tempo, e
mais prazenteiramente, do que seria possível em um ambiente não controlado.
Isso requer uma categoria particular de “inteligência organizada”. Portanto, a
estupidez, nessa fase e tipo de desenvolvimento biológico, é extremadamente
perigosa.
Como somos humanos, precisamos nos preocupar com isso.
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