segunda-feira, 6 de julho de 2015

A Giria do garimpo (Letra O)

Não tem letra N
Obrigação da terra. S. f. Expressão relacionada à convicção generalizada de que existe ouro em todas as terras do Pará. A obrigação da terra pressupõe a existência de um mínimo de fagulhos numa cuiada aleatória em qualquer parte do imenso estado paraense.

Ourão. S. m. Ouro de bamburro numa fofoca qualquer. Puxadas acima da média em serviço de chupadeira ou balsa.

Ourinho. S. m. Ouro pouco. Ouro minguado de fofoca em vias de blefar. Ouro de repassagem com maquinário medíocre. Ourinho é inferior a ouro civil.

Ouro velho amassado. S. m. Ouro em quantidade modesta, extraído com muito trabalho, mas compensador.

Ouro bombril. S. m. Variedade de ouro da Serra Pelada, cor de ferrugem. Encontrado  sob em  forma esponjosa, lembrando palha de aço.

Ouro civil. S. m. Ouro regular de  bom teor, oriundo de garimpo ou boca de serviço estável, onde não há  risco de blêfo.

Ouro comercial. S. m. Ouro nem sempre regular mas de teor estável oriundo de garimpos com tradição de repassagem.

Ouro de bamburro. S. m. Ouro em grande quantidade sem rigor de teor, oriundo de garimpo emergente mas suscetível de declínio súbito.

Ouro-de-manaus. Adj. Ouro falso fabricado na Zona Franca de Manaus,  sob encomenda.

Ouro na capa da raiz. S. m. Expressão alusiva à facilidade com a que um filão de ouro foi descoberto  e continua a ser explorado. Ouro na capa da raiz significa cascalho quase croado, pouco abaixo da capa do lacrau.

Ouro rebolado. S. m. Ouro de concentração heterogênea  em boca de serviço que impossibilita ao garimpeiro um calculo aproximado da produção.


Ouro velho ralado. S. m. Ouro resultante de uma atividade exploratória decadente na qual a carga de trabalho necessária para o apuro de uma certa quantidade de gramas não corresponde ao esforço despendido.

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