É tempo de repensar a metodologia de pesquisa do ouro na Amazònia

Porque os garimpeiros encontram e retiram centenas de quilos e ate toneladas de ouro onde empresas multinacionais não encontram?

Apesar de toda a tecnologia e o conhecimento, detectamos diversos fatores que causaram essa incoerência:

- Vontade declarada de algumas empresas em só querer jazidas enormes

- Espaçamento entre as linhas de pesquisa: linhas a cada 800 ou mesmo 400 m, por exemplo, comuns em empresas podem passar por cima não de um corpo de ouro, mas por cima da parte mais rica e, portanto, provocar desinteresse do investidor. Essas linhas só captam o cheiro do ouro

- Granulometria do ouro: quando o ouro é de granulometria grosseira, o que é comum no Tapajós, as amostras das empresas enviadas para laboratórios com alíquotas de algumas gramas, acabam não captando os grãos de ouro, com baixa distribuição, deixando espaços com teores baixos numa malha já larga demais.

- O approach pelo passado: as empresas costumam pesquisar um corpo garimpeiro já abandonado com uma boa intercessão transversal para detectar eventuais prolongamentos laterais, longitudinais e em profundidade. Não deu certo!

- O approach pelo levantamento aerogeofísico: aparecem tantas anomalias que fica impossível testar todas e o geólogo fica perdido num mapa multicolorido

- O approach pelo levantamento geoquímico global, cobrindo toda a superfície do título minerário com linhas e como os espaços são grande demais, caímos no caso do item 2, de linhas com espaçamentos largos demais. Aparecem  muitas anomalias inexpressivas que não atraem a atenção.

É tempo de repensar a metodologia de pesquisa

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