Ou só pela observação de imagens de satélite
Em 2006, no decorrer das discussões relativas á criação de
mais reservas no entorno da BR 163 (Tapajós/Pá,) um dos técnicos graduado do ministério de Meio
Ambiente dirigido pela Marina Silva garantiu numa reunião na Secretaria de Meio
ambiente de Itaituba, que a observação das imagens de satélite do Ministério
comprovava sem nenhuma dúvida que não havia ninguém ocupando o espaço previsto
para a delimitação do Parque do Jamanxim, afirmação logo contestada
pelo secretario municipal da época, Dirceu Frederico, que conhecia o local.
Um dos técnicos da Secretaria de Itaituba chegou a comparar
a precisão das imagens de satélite do Ministério com as imagens usadas pela
aviação de guerra dos USA que acabava na véspera de errar um tiro de míssil que
havia atingido um hospital que as imagens de satélites americanas haviam
erroneamente alistadas como campo de treinamento de terroristas na África;
O técnico graduado do Ministério do meio ambiente da época
não gostou que sua atividade fosse comparada a de um míssil cego e destruidor,
mas nove anos depois, essa afirmação se revelaria numa previsão acertada;
Na realidade, uma imagem mostra o passivo ambiental e os
garimpeiros de 2006 neste local trabalhavam sem equipamentos em baixo das
arvores e, portanto, sem passivo. Punidos por não ter destruídos
o meio ambiente local, foram incluídos numa reserva de proteção integral
enquanto seus vizinhos menos preocupados foram privilegiados com uma reserva de
proteção parcial (APA)
O ataque ocorrido dia 9 de junho de 2015 pelo IBAMA com
queima dos equipamentos dos garimpeiros foi realizado exatamente no local que
era habitado em 2006, mas na época da criação da reserva, as imagens cegas não haviam
encontradas presença humana e foi incluída esta área erroneamente no Parque do
Jamanxim e para esses garimpeiros, o resultado deste erro foi equivalente a de um míssil destruidor.
Reconhece-se que em 2015, os mesmos garimpeiros já haviam “evoluídos”
tecnologicamente e já trabalhavam com equipamentos pesados (PC) que não mais
deixavam dúvidas a respeito de sua presença no local.
Decisões tomadas à distância sem conferir com quem realmente
conhece o local, sem analisar se a falta de legalização dos garimpeiros depende
de suas próprias vontades ou da vontade ou possibilidade de outro órgão federal só podem
ter resultados injustos.
A política do setor do meio ambiente continua a mesma da
politica da aviação de guerra americana de 2006
- Observação das imagens de satélite
- Falta de confirmação “in loco”
- Listagem no plano de ataque, com resultados às vezes
justos, às vezes injustos e errôneos.
- Envio de misseis ou helicópteros
- Publicação na imprensa com apoio de imagens de destruição dos "sucessos" atingidos
Os helicópteros melhor de que os misseis levam homens que teoricamente poderiam
decidir “in loco” da melhor política, de queimar ou não, só que não são juízes,
mas técnicos que mesmo provavelmente honestos só estudaram um dos aspectos: as
leis de meio ambiente, sem conhecer os conflitos com outras leis como as
minerárias e os Direitos de posse adquiridos por gerações, e sem deixar ao
garimpeiro o direito de ampla defesa que é uma Clausula Petra da nossa Constituição; se os fiscais do ICMBio e Ibama estudasse melhor o assunto de
maneira global, ficariam menos orgulhosos dos seus atos, teriam motivos para ficarem
constrangidos e evitariam assim um custo de longos processos judiciais por
indemnizações que estão impondo a todos os brasileiros.
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