terça-feira, 28 de julho de 2015

Não se pode dirigir o meio ambiente na Amazônia sentado no banco de traz

Ou só pela observação de imagens de satélite

Em 2006, no decorrer das discussões relativas á criação de mais reservas no entorno da BR 163 (Tapajós/Pá,)  um dos técnicos graduado do ministério de Meio Ambiente dirigido pela Marina Silva garantiu numa reunião na Secretaria de Meio ambiente de Itaituba, que a observação das imagens de satélite do Ministério comprovava sem nenhuma dúvida que não havia ninguém ocupando o espaço previsto para a delimitação do Parque do Jamanxim, afirmação logo contestada pelo secretario municipal da época, Dirceu Frederico, que conhecia o local.
Um dos técnicos da Secretaria de Itaituba chegou a comparar a precisão das imagens de satélite do Ministério com as imagens usadas pela aviação de guerra dos USA que acabava na véspera de errar um tiro de míssil que havia atingido um hospital que as imagens de satélites americanas haviam erroneamente alistadas como campo de treinamento de terroristas na África;
O técnico graduado do Ministério do meio ambiente da época não gostou que sua atividade fosse comparada a de um míssil cego e destruidor, mas nove anos depois, essa afirmação se revelaria numa previsão acertada;
Na realidade, uma imagem mostra o passivo ambiental e os garimpeiros de 2006 neste local trabalhavam sem equipamentos em baixo das arvores e, portanto, sem passivo.  Punidos por não ter destruídos o meio ambiente local, foram incluídos numa reserva de proteção integral enquanto seus vizinhos menos preocupados foram privilegiados com uma reserva de proteção parcial (APA)
O ataque ocorrido dia 9 de junho de 2015 pelo IBAMA com queima dos equipamentos dos garimpeiros foi realizado exatamente no local que era habitado em 2006, mas na época da criação da reserva, as imagens cegas não haviam encontradas presença humana e foi incluída esta área erroneamente no Parque do Jamanxim e para esses garimpeiros, o resultado deste erro foi equivalente a de um míssil destruidor.
Reconhece-se que em 2015, os mesmos garimpeiros já haviam “evoluídos” tecnologicamente e já trabalhavam com equipamentos pesados (PC) que não mais deixavam dúvidas a respeito de sua presença no local.
Decisões tomadas à distância sem conferir com quem realmente conhece o local, sem analisar se a falta de legalização dos garimpeiros depende de suas próprias vontades ou da vontade ou possibilidade de outro órgão federal só podem ter resultados injustos.
A política do setor do meio ambiente continua a mesma da politica da aviação de guerra americana de 2006
- Observação das imagens de satélite
- Falta de confirmação “in loco”
- Listagem no plano de ataque, com resultados às vezes justos, às vezes injustos e errôneos.
- Envio de misseis ou helicópteros
- Publicação na imprensa com apoio de imagens de destruição dos "sucessos" atingidos

Os helicópteros melhor de que os misseis levam homens que teoricamente poderiam decidir “in loco” da melhor política, de queimar ou não, só que não são juízes, mas técnicos que mesmo provavelmente honestos só estudaram um dos aspectos: as leis de meio ambiente, sem conhecer os conflitos com outras leis como as minerárias e os Direitos de posse adquiridos por gerações, e sem deixar ao garimpeiro o direito de ampla defesa que é uma Clausula Petra da nossa Constituição; se os fiscais do ICMBio e Ibama estudasse melhor o assunto de maneira global, ficariam menos orgulhosos dos seus atos, teriam motivos para ficarem constrangidos e evitariam assim um custo de longos processos judiciais por indemnizações que estão impondo a todos os brasileiros.

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