sexta-feira, 8 de agosto de 2014
AMAZÔNIA MINERAL, um mundo a parte!
“Exploração (pesquisa) usa ciência, mas não é ciência, já que seus
objetivos são fundamentalmente diferentes. Ciência trabalha para chegar ao
entendimento, exploração trabalha para atingir a descoberta, com ou sem
entendimento por qualquer meio”
Jose Fernando da Silva Lemos
A história da prospecção mineral (na Amazônia), como tantas outras, é
uma alternância de erros e acertos. Os exemplos de sucesso e de erros cometidos
numa determinada área foram sendo aplicados em outras áreas, conduzindo não
apenas a uma metodologia, mas também à formação de dogmas que, muitas vezes,
mais atrapalham do que facilitam o progresso da prospecção.
Para o Brasil (Amazônia) país
dependente de capital externo, para pesquisa mineral, a lição dos erros –
mais do que dos acertos – pode representar a amenização do problema. O mais
grave dos erros, aqui como em qualquer outra parte, é a obediência cega a
dogmas (impostos pelos donos do capital).
A simples análise técnica, porém, não é suficiente para entender o
problema. É preciso que se tenha em mente as imposições ditadas por interesses
econômicos, interferindo na ciência geológica e muitas vezes sobrepujando-a.
Tem sido enorme a interferência desses fatores não técnicos na demora –
ou mesmo insucesso – da descoberta de jazidas minerais na Amazônia.
Mas não são apenas os fatores políticos e econômicos que interferem.
Não deve jamais ser esquecido também o fator “humano” no exercício da
própria profissão de GEÓLOGO: quantos dogmas não foram criados por mera VAIDADE
daqueles que se julgavam donos absolutos da verdade? Quantos dogmas não foram
mantidos por mero comodismo?
A GEOLOGIA, principalmente a geologia de EXPLORAÇÃO na Amazônia foi uma
das ciências que mais sofreu com a cristalização de conceitos baseados em
observações insuficientes.
A foto anexa é da
bolsa de Toronto, origem do capital para a pesquisa no Tapajós com um empresário
da região.
1 comentários:
O dinheiro é deles e os erros e conceitos também! Mas não podemos esquecer-nos dos nossos próprios erros.
Temos que usar a vaidade (e a sede do enriquecimento rápido) deles para conseguir o dinheiro, mas depois essa mesma vaidade que serviu de motor de partida infiltra areia na máquina e acaba levando o projeto a ruína. É uma encruzilhada: sem dinheiro não se pesquisa no Tapajós e mesmo sabendo que os procedimentos são inadequados para a região e que a chance é grande de ir para falência, sabemos que iremos progredir muito em termo de conhecimento da área e numa outra fase, com menos erros, poderemos chegar lá.
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