quinta-feira, 28 de agosto de 2014
Termómetros do ouro: o tipo de quartzo ou pirita mostra o caminho do ouro.
É baseado na temperatura a qual
há modificação das formas ou mudança de fase de uma mesma espécie química: a
fusão, a cristalização, inversão, solução sólida. Essas temperaturas são
conhecidas, pois foi objeto de experimentos na pressão atmosférica e conhece-se
ate as temperaturas sob pressões mais elevadas aplicando a formula de Claudius
–Clapeyron; Entretanto, para muitas modificações, não se possui os dados para
aplicar essa equação; Dentro das mudanças de fase que podem servir de
termómetros, nos iremos ficar só com a fusão, a inversão e a solução sólida;
A fusão é pouca importante, pois
salvo exceções, os minerais dos minérios não foram fundidos e os mais fusíveis
destes têm já uma temperatura de fusão elevada, muito mais elevada que a
temperatura de formação;
A inversão ou transição de uma
fase a outra, quimicamente idêntica, mas cristalograficamente diferente é mais
fácil de ser usada. Muitas inversões ocorrem a uma temperatura muito bem
definida e conhecida.
As inversões da sílica são clássicas,
em particular a do quartzo alfa em quartzo beta na temperatura de 575 graus. Na
temperatura ordinária, o quartzo é sempre alfa pseudo hexagonal romboédrico; o
quartzo beta é hexagonal; o quartzo beta invertido em quartzo
alfa por resfriamento pode ser reconhecido por uma clivagem irregular e um fraturamento
muito avançado;
Constata-se que o quartzo de
alguns filões cristalizou na forma beta, com o quartzo de forma alfa é difícil
ter ouro
Outros minerais mostram inversão;
a do granado andradito anisotrópico em granado cubico e na temperatura de 800
graus permite de saber a temperatura máxima nos jazimentos pirometassomáticos.
Alguns sulfetos que são muito
importantes por muitos possuírem ouro passam a uma temperatura bastante
definida, de um estado ordenado a um estado transitório, e depois num estado de
simetria mais elevada como cubica e isótropa.
Quando um mineral mostra
irregularidade. É que ele foi invertido da sua forma de alta temperatura para
uma forma de baixa temperatura. Si ele é uniformemente anisotropo, é que ele se
formou em baixo da temperatura de inversão:
Os tellurures de ouro
monoclínicos para alfa passam a 184 graus
A argentita monoclínica para
cúbica passa a 176 graus
Esse termómetro leva ao estudo e
aplicação da fácies tipomorfos, ou seja, ao estudo do conjunto de cristais que
permite ler a temperatura e pressão de formação em profundidade.
Para a pirita que normalmente contem
o ouro, pelo menos no Tapajós, as formas cúbicas dominam nas piritas de baixa
temperatura, enquanto o piritoedro é mais importante nos depósitos filonianos
com ouro. . Este é o ouro dos tolos. Mas
para a pirita, o problema é mais complexo, pois seu hábito cristalino e
controlado por condições favoráveis ou não ao seu desenvolvimento como aporte
de soluções ou não. Nas condições favoráveis ela toma o tipo pentagonal ou octaedro;
nas condições desfavoráveis, o tipo é cúbico.
Portanto, se aparecer muita
pirita cúbica, cuidado, não deve ter ouro
O caso do diamante é ainda mais
interessante:
Na ordem crescente de formação aparece
o cubo, o dodecaedro e enfim o octaedro, e a cor vai ao mesmo sentido do preto
ao branco. É a melhor tipificação do príncipe de tipomorfia térmica, mas isto é
o assunto tão importante justamente para o enigma dos diamantes do Tapajós que
iremos tratar deste assunto com mais detalhe num artigo posterior
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