quinta-feira, 28 de agosto de 2014

As diversas formas de tomar o controle de uma jazida de ouro que vale centenas de milhões de dólares por alguns punhados de reais

A crise nas bolsas de Toronto e Vancouver transformou projetos valiosos com ouro comprovado em desastres financeiros. Um projeto que pelo seu ouro contido comprovado pelas sondagens e pelas certificadoras internacionais vale centenas de milhões de dólares, pode ser arrematado pelas dívidas por valores muito baixas.

Com a agonia das "junior companies" que não parece ter fim na Amazônia, muitas empresas que conseguiam facilmente vender poucas ações e levantar milhões de dólares, hoje após a crise, nem que vendesse todas as ações  disponíveis não iriam pagar nem as dividas mais recentes, pois o preço destas ações caiu de diversos dólares para alguns centavos; centenas de milhões de dólares virtuais viraram centenas de milhares de reais.
Acabou o dinheiro, acabaram a festa de hotéis de luxos, geólogos vindo do outro lado do planeta; de repente, não se consegue pagar nem as taxas do DNPM, nem o contrato do garimpeiro e nem mesmo o vigia do acampamento.
Uma jazida não é uma casa que se pode fechar e pedir para o vizinho dar uma olhada. Tem que pagar taxas, advogados, vigilantes para os preciosos testemunhos de sondagem que são as provas da presença do ouro na rocha. Tem que honrar os contratos com o garimpeiro local, fazer relatórios técnicos em português para o DNPM e em inglês para a bolsa de Toronto. Tem que indemnizar os trabalhadores brasileiros.
Se não tiver mais dinheiro, vai ter que selecionar as despesas impossíveis de ser renegociadas, Taxas do DNPM não é negociável, mas pode ser parcelada em ate 60 vezes, mas daqui a 12 meses, vem mais uma taxa e forma-se uma bola de neve. Os trabalhadores são colocados no ultimo item, pois no Canada, a justiça do trabalho não tem a força daqui, resultado, o oficial de justiça aparece na porta do representante brasileiro e tem que pagar para enviar alguém na audiência que nada poderá fazer além de tentar um acordo que terá que ser cumprido a risco, e sem dinheiro, é impossível. Os equipamentos de trabalhos já foram arrestados pelos gerentes que usaram seus últimos poderes para priorizar o direito deles antes dos trabalhadores.
O dono do garimpo que vê seus ganhos serem protelados torce pela empresa falir mesmo, pois ele sabe onde a empresa encontrou o ouro e se não souber terá condições de saber.
Os dados da pesquisa são públicos pela lei Canadense e basta baixar na internet no site da empresa enquanto ele estiver no ar. Os dados são verdadeiros.
Frente a esta situação, as opções são diversas e os métodos também. Não iremos detalhar o processo técnico financeiro, mas iremos apresentar um resumo para cada caso:

Caso A: a empresa Canadense não conseguiu renovar o alvará ou não conseguiu aprovar o relatório de pesquisa no DNPM, pois as pesquisas não foram suficientes (faltou o dinheiro): os alvarás são indeferidos e vão para disponibilidade:  objetivo: ganhar na disponibilidade apresentando relatório com as mentiras incentivadas pela lei brasileira mas que a empresa original não vai utilizar por honestidade técnica. Mesmo tendo vencido no DNPM, terá que encarar o dono do garimpo que de uma forma ou outra vai virar sócio.

Caso B: A empresa tem diretores e mesmo o presidente brasileiros que se veem pressionados pelos oficiais de justiça. Estão loucos para entregar pelo valor da divida para liberar seus bens bloqueados. E depois vai ter que pegar as ações dos sócios estrangeiros. Na hora de pagar as dívidas devidamente recibadas, bastara exigir uma reunião do conselho de acionista (o board) e apresentar as despesas que os acionistas minoritários fizeram para salvar o projeto e os interesses de todos (mesmo se esses interesses não forem bem compreendidos pelos sócios estrangeiros), já que como brasileiros, é em cima deles que a justiça vai se orientar. Como os acionistas majoritários de fora não tem dinheiro, não vão pagar a parte que lhe cabe, mas como é uma empresa brasileira, apesar do capital ter maioria de fora, o juiz brasileiro vai dar um prazo para eles pagarem, se não pagar, ele vai calcular a integralização das ações ao preço do momento, e como elas estão perto de zero, se vai levar a maior parte ou a totalidade da empresa só pagando as dívidas.

Caso C: A empresa esta devendo, mas a divida trabalhista é por lei, prioritária. O juiz trabalhista vai dar sentença e vai arrestar a empresa que poderá ser resgatada ou ele poderá arrestar os bens moveis e equipamentos que sobraram ou foram apossados ilegalmente por credores não prioritários. Se a empresa já integralizou os pagamentos para o garimpeiro, a própria superfície do garimpo poderá ser considerada bem a ser arrestado para leilão e posterior divisão entre os funcionários demandantes.

Caso D: uma lavra mesmo de dimensões limitadas tem um forte impacto psicológico no mercado cansado de jazidas virtuais. Portanto se tiver capacidade de organizar e legalizar essa lavra com PLG ou Guia de utilização, poderá negociar um bom lote de ações em troca e ações que vão subir por causa da produção.
Ou seja um ganho multiplicado.

E tem mais....

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