A crise nas bolsas de Toronto e
Vancouver transformou projetos valiosos com ouro comprovado em desastres
financeiros. Um projeto que pelo seu ouro
contido comprovado pelas sondagens e pelas certificadoras internacionais vale
centenas de milhões de dólares, pode ser arrematado pelas dívidas por valores muito
baixas.
Com a agonia das "junior companies" que não parece ter fim na Amazônia, muitas empresas que conseguiam facilmente
vender poucas ações e levantar milhões de dólares, hoje após a crise, nem que
vendesse todas as ações disponíveis não
iriam pagar nem as dividas mais recentes, pois o preço destas ações caiu de diversos
dólares para alguns centavos; centenas de milhões de dólares virtuais viraram
centenas de milhares de reais.
Acabou o dinheiro, acabaram a
festa de hotéis de luxos, geólogos vindo do outro lado do planeta; de repente,
não se consegue pagar nem as taxas do DNPM, nem o contrato do garimpeiro e nem mesmo
o vigia do acampamento.
Uma jazida não é uma casa que se
pode fechar e pedir para o vizinho dar uma olhada. Tem que pagar taxas,
advogados, vigilantes para os preciosos testemunhos de sondagem que são as
provas da presença do ouro na rocha. Tem que honrar os contratos com o
garimpeiro local, fazer relatórios técnicos em português para o DNPM e em
inglês para a bolsa de Toronto. Tem que indemnizar os trabalhadores brasileiros.
Se não tiver mais dinheiro, vai
ter que selecionar as despesas impossíveis de ser renegociadas, Taxas do DNPM
não é negociável, mas pode ser parcelada em ate 60 vezes, mas daqui a 12 meses,
vem mais uma taxa e forma-se uma bola de neve. Os trabalhadores são colocados
no ultimo item, pois no Canada, a justiça do trabalho não tem a força daqui,
resultado, o oficial de justiça aparece na porta do representante brasileiro e
tem que pagar para enviar alguém na audiência que nada poderá fazer além de
tentar um acordo que terá que ser cumprido a risco, e sem dinheiro, é
impossível. Os equipamentos de trabalhos já foram arrestados pelos gerentes que
usaram seus últimos poderes para priorizar o direito deles antes dos
trabalhadores.
O dono do garimpo que vê seus
ganhos serem protelados torce pela empresa falir mesmo, pois ele sabe onde a
empresa encontrou o ouro e se não souber terá condições de saber.
Os dados da pesquisa são públicos
pela lei Canadense e basta baixar na internet no site da empresa enquanto ele
estiver no ar. Os dados são verdadeiros.
Frente a esta situação, as opções
são diversas e os métodos também. Não iremos detalhar o processo técnico
financeiro, mas iremos apresentar um resumo para cada caso:
Caso A: a empresa Canadense não
conseguiu renovar o alvará ou não conseguiu aprovar o relatório de pesquisa no
DNPM, pois as pesquisas não foram suficientes (faltou o dinheiro): os alvarás são
indeferidos e vão para disponibilidade:
objetivo: ganhar na disponibilidade apresentando relatório com as
mentiras incentivadas pela lei brasileira mas que a empresa original não vai
utilizar por honestidade técnica. Mesmo tendo vencido no DNPM, terá que encarar
o dono do garimpo que de uma forma ou outra vai virar sócio.
Caso B: A empresa tem diretores e
mesmo o presidente brasileiros que se veem pressionados pelos oficiais de
justiça. Estão loucos para entregar pelo valor da divida para liberar seus bens
bloqueados. E depois vai ter que pegar as ações dos sócios estrangeiros. Na
hora de pagar as dívidas devidamente recibadas, bastara exigir uma reunião do
conselho de acionista (o board) e apresentar as despesas que os acionistas
minoritários fizeram para salvar o projeto e os interesses de todos (mesmo se esses interesses não forem bem compreendidos pelos sócios estrangeiros), já que como
brasileiros, é em cima deles que a justiça vai se orientar. Como os acionistas
majoritários de fora não tem dinheiro, não vão pagar a parte que lhe cabe, mas
como é uma empresa brasileira, apesar do capital ter maioria de fora, o juiz brasileiro
vai dar um prazo para eles pagarem, se não pagar, ele vai calcular a
integralização das ações ao preço do momento, e como elas estão perto de zero,
se vai levar a maior parte ou a totalidade da empresa só pagando as dívidas.
Caso C: A empresa esta devendo,
mas a divida trabalhista é por lei, prioritária. O juiz
trabalhista vai dar sentença e vai arrestar a empresa que poderá ser resgatada ou ele
poderá arrestar os bens moveis e equipamentos que sobraram ou foram apossados
ilegalmente por credores não prioritários. Se a empresa já integralizou os
pagamentos para o garimpeiro, a própria superfície do garimpo poderá ser
considerada bem a ser arrestado para leilão e posterior divisão entre os funcionários demandantes.
Caso D: uma lavra mesmo de
dimensões limitadas tem um forte impacto psicológico no mercado cansado de
jazidas virtuais. Portanto se tiver capacidade de organizar e legalizar essa
lavra com PLG ou
Guia de utilização, poderá negociar um bom lote de ações em
troca e ações que vão subir por causa da produção.
Ou seja um ganho
multiplicado.
E tem mais....
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