segunda-feira, 15 de setembro de 2014

Prender garimpeiros miseráveis esconde a miséria, mas não acaba com ela


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Se o IBAMA prender os garimpeiros miseráveis, que não respeitam o meio ambiente da zona rural, vai precisar de muitas cadeias, 

Existe uma serie de pequenos garimpos fora ou nas margens das zonas garimpeiras tradicionais, com pouco ouro e poucos garimpeiros vivendo na base da sobrevivência e ocupados por homens geralmente inexperientes no trato do ouro e levados a esta atividade por falta total de alternativas. Os posseiros locais que já derrubaram a mata e a terra que ficou fraca costumam chamar esses homens para eles trabalhar no ouro de “suas” terras e receber uma parcela de 10% da produção e até inventam a presença de muito ouro para atrair estes pobres desesperados. Já são posseiros das reservas indígenas e sublocam as áreas para mais pobres do que eles; 

Será que o IBAMA e a justiça estão focando nas pessoas certas?
Depois não vão ter que prender também os mendigos e favelados que sujam nossas cidades? 
           Um garimpo ilegal foi fechado durante uma operação de combate à extração de minério. O local fica situado dentro da reserva indígena Parakanã, no município de Novo Repartimento, sudeste do Pará. os garimpeiros foram levados para a delegacia.
            O Ibama monitorou a área e identificou o garimpo. A atividade funcionava em sistema de arrendamento, e os garimpeiros pagavam ao proprietário da terra uma porcentagem do que era encontrado.
            Durante a operação, realizada em conjunto entre Ibama, Polícia Militar, Polícia Federal, Funai e Ministério Público Federal, foram encontradas 13 pessoas na área do garimpo, entre elas uma mulher e um bebê de um ano. A fiscalização ocorreu na última quinta-feira (11).
            Além do crime ambiental, foi constado ainda situações de trabalho análogas ao trabalho escravo. Foram apreendidos dois veículos, maquinários, motosserra, espingardas e uma moto bomba.
            Os barracos onde os trabalhadores estavam alojados foram destruídos e o grupo foi encaminhados para a delegacia de Novo Repartimento.
            O auge da extração de minério no local teria sido há nove meses e estava prestes a ser desativado, mas os danos ao meio ambiente permanecem. Tanto o proprietário do terreno quanto os garimpeiros serão autuados por extração ilegal de minério e degradação da área.
            “A partir de agora isso será denunciado pela Justiça, os responsáveis, as pessoas que estavam se beneficiando, nesta situação, há garimpeiros extremamente pobres que vivem em condições degradantes e vivem em condições análogas a escravidão,  e temos também aquelas pessoas que se aproveitam e utilizam essa mão de obra para aferir recursos ilícitos”, disse Luiz Eduardo, procurador da Justiça.



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