segunda-feira, 15 de setembro de 2014

Os níveis assustadores da incompetência

Os usuários da mineração deparam-se com níveis assustadores de incompetência, essencialmente na esfera municipal, as causas são diversas: nomeações políticas, contradições legais, uma administração dependendo da outra e o Princípio de Peter

O Princípio de Peter, ou princípio da incompetência de Peter, ou simplesmente princípio da incompetência, aplicado na administração, foi enunciado por Laurence J. Peter da seguinte forma:
Num sistema hierárquico, todo o funcionário tende a ser promovido até ao seu nível de incompetência.
A ideia foi colocada na obra "The Peter Principle" , publicada originalmente no ano de 1969 nos Estados Unidos, tendo por autores, além de Peter, Raymond Hull.
Dentre os exemplos práticos indicados por Peter ele relaciona figuras reais e fictícias: Macbeth foi um eficaz chefe militar, mas um rei incompetente; Adolf Hitler por sua vez foi um competente político, mas encontrou seu nível de incompetência como general; Sócrates foi excepcional filósofo, mas péssimo advogado de defesa.
Embora analisem a incompetência, Peter e Hull não explicam suas causas e só numa obra posterior é que Peter relaciona sessenta e seis maneiras de combater a promoção de alguém incompetente. Este deve ser o objetivo, afinal, como lembra Peter F. Drucker, considerado o "pai da administração moderna", desde os tempos de Júlio César que vige a máxima "o soldado tem direito a um comando competente"
Formulado originalmente pelo professor canadense Laurence Johnston Peter (19191990), antigo professor da University of Southern California, foi publicado com auxílio de Raymond Hull, num livro satírico dentro de uma nova proposta de estudo que ele denominou de "hierarquiologia
Segundo ele narra no prefácio da obra, havia já formulado a ideia ainda no ano de 1960 durante uma palestra na qual explicava, de forma bem humorada, como as pessoas são promovidas até o ponto no qual se tornam realmente incompetentes para a função, percebendo que as pessoas reagiam parte com hostilidade e parte com graça e, então, um jovem da plateia riu-se tanto que caiu da cadeira, enquanto olhava para um dirigente ali presente; continuou a apresentar tal noção nas palestras, sempre em tom humorístico até que, em dezembro de 1963 combinou que ambos trabalhariam num livro que explanasse a ideia.
Os dois realizaram juntos a obra que ficou pronta na primavera de 1965. Em seguida procuraram várias editoras por vários anos, sem obter sucesso na proposta de publicação. Em 1966 Hull escreveu um artigo a respeito na Esquire, ao passo em que Peter publicou um outro, em 1967, no Los Angeles Times - após os quais receberam mais de quatrocentas propostas para palestras e artigos.
Em 1968 o editor William Morrow procurou-os e, no ano seguinte, o livro foi finalmente publicado.
Nos anos seguintes Laurence Peter publicou, sem a participação de Hull, outras quatro obras a respeito, como "A Pirâmide de Peter", "O Plano de Peter" ou "Os Personagens de Peter".

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