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O Princípio de Peter, ou princípio da incompetência de Peter, ou simplesmente princípio da incompetência, aplicado na administração, foi enunciado por Laurence J. Peter da seguinte forma:
Num sistema hierárquico, todo o funcionário tende a ser promovido até ao seu nível de incompetência.
O Princípio de Peter, ou princípio da incompetência de Peter, ou simplesmente princípio da incompetência, aplicado na administração, foi enunciado por Laurence J. Peter da seguinte forma:
Num sistema hierárquico, todo o funcionário tende a ser promovido até ao seu nível de incompetência.
No seu trabalho, Peter enunciou de forma humorada
os seguintes corolários de sua lei:
- A nata
sobe até azedar.
- Para
qualquer trabalho no mundo existe alguém, em algum lugar, que não o pode
fazer. Pela força da promoção, esta pessoa conseguirá esse posto.
- Uma
viagem de mil quilômetros termina com um único passo.
- Todo
trabalho útil será feito por aqueles que ainda não alcançaram seu nível de
incompetência.
Isto, todo minerador que necessita de alguma administração pública
já sabe e sofreu ou esta sofrendo com essa realidade, mas Peter esqueceu um aspecto ainda mais importante, apesar de ser
menos óbvio: a volta do incompetente ao
seu nível de competência ou a reversão.
Pois apesar do Peter enunciar que a incompetência termina geralmente
com a aposentadoria feliz do incompetente, no caso dos USA onde a pesquisa foi
realizada, na realidade, pelo menos no Brasil ocorre de forma diferente.
Ao ser alçado, o incompetente é escancarado e passa a
receber pressões, inicialmente na base de zombarias, e finalmente mais fortes,
como boicotes, desobediências e greves e finalmente abaixo assinados e
denúncias, dos funcionários abaixo dele que juntos
procuram forças políticas para rebaixar o incompetente ate o seu nível de
competência de onde veio.
Ocorre que a volta para baixo jamais terá o mesmo caminho da
subida por duas razões: ao ser alçado, o competente que chegou ao estagio de incompetente
criou um ego destruidor e ao ser rebaixado, um ódio mortal aos seus novos chefes
e seus antigos liderados. Esse conjunto ego-ódio nunca o fara aceitar as
condições de volta para traz com poder reduzido e ele devera criticar
abertamente os seus novos chefes e não aceitara os seus novos colegas do mesmo
patamar. Poderá criar grupos junto com outros “reversos”, até se aliar a
antigos adversários e fazer denúncias dirigidas aos novos chefes, já
que ele é um perfeito conhecedor da máquina administrativa e de suas mazelas. Mas,
geralmente, sem apoio, se isolara, se achando incompreendido, pois jamais se
viu um incompetente concordar com a sua condição;
A partir daí, haverá diversas caminhos e esses caminhos
dependem de diversos fatores:
- O apoio de amigos remanescentes poderá evitar o isolamento.
- O apoio da família pode ser crucial se houver um
isolamento dos amigos, pois sem um ou outro poderá haver aprofundamento da
volta para baixo.
- A idade do reverso no momento da volta é muito importante,
pois jovem ele terá a chance de dar a volta por cima, e até aproveitar essa
experiência; com idade mais avançada, tudo ficara mais difícil.
- O capital que conseguiu amealhar e guardar nos tempos das
vacas gordas ou a aposentadoria que conseguiu galgar, pois se ele conseguiu
juntar um capital ou boa aposentadoria, o reverso ira manter um equilíbrio e
normalidade de comportamento; se não conseguiu, poderá mergulhar numa crise
depressiva profunda e até se orientar para a ilegalidade junto com algum político
corrupto, pois fazer um pé de meia rápido pode ser a única alternativa que pode
lhe parecer nesta hora no objetivo de uma aposentadoria tranquila.
A volta não significa necessariamente a reversão no mesmo
órgão governamental, mas o rebaixamento no sistema geral de poder
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