segunda-feira, 22 de dezembro de 2014

EMPRESÁRIOS LEVANTAM US$ 4 MI COM FALSO PROJETO DE OURO NO PARÁ

O projeto Batalha é conhecido no Tapajós, o dono do garimpo é o Zé Pretinho; ele vendeu o garimpo e ele nunca recebeu o dinheiro prometido por uma empresa representada por um advogado de Belém. Assinou documentos e procurações que foram posteriormente usados para levantar o dinheiro.
Agora aparece pela imprensa o lado que ele nunca entendeu:


A Securities and Exchange Comission (SEC), comissão americana de valores mobiliários, acusou Michael Crow e Alexandre Clug de terem operado um esquema de investimentos ligado à mineração de ouro de 2011 a 2013. Os empresários, por meio das empresas Aurum Mining, PanAm Terra e Corsair, levantaram US$ 3,9 milhões de investidores da Florida (USA), alegando possuírem projetos de ouro no Brasil e no Peru.
De  acordo  com  a  SEC,  Crow  e  Clug  enviaram  diversos  comunicados  aos  investidores, informando que as supostas minas de ouro tinham potencial para entrar em produção rapidamente. No entanto, as companhias dos acusados nunca chegaram a deter um direito minerário, seja no Brasil ou no Peru.
No  Brasil,  a  Aurum  Mining  dizia  ter  direitos  minerários  por  meio  da  joint  venture Batalh Mineradora,  formada  em  conjunto  com  a  empresa  Arthom  Participações.  A  joint  venture seria proprietária do projeto de ouro Batalha. Esse prospecto fica na região de Tapajós, no Pará.
Conforme  apurado  pelo  NMB,  as  duas  empresas  possuem o  mesmo  endereço  no  bairro Perdizes, em São Paulo (SP), e tem situação ativa na Receita Federal. Em pesquisa ao Google StreetView, não foi encontrado o número do endereço onde Batalha e Arthom afirmam ter escritório.
A  companhia  Batalha  Mineradora  não  possui  nenhum  processo  junto  ao  Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM). Tanto a Batalha quanto a Arthom não possuem website ou telefones para que fossem procuradas para comentar sobre o assunto.
As acusações da SEC apontam que Clug e Crow, que tinha declarado falência pessoal, usavam o  dinheiro  dos  investidores  para  cobrir  seus  salários  mensais,  de  aproximadamente  US$  12,5  mil, aluguel de apartamentos em Lima, no Peru, custos com viagem e despesas diárias.
“Os  investidores  têm  o  direito  de  saber  toda  a  verdade  sobre  seus  investimentos  e  sobreaqueles  que  estavam  controlando  o  dinheiro  deles.  Nosso  caso  alega  que  Crow  e  Clug usaram  os investimentos para despesas próprias”, disse Andrew M. Calamari, diretor do escritório regional de Nova York da SEC.
A  comissão  disse  que  os  dois  tinham  consciência  de  que  as  declarações  que  enviavam  aos investidores com expectativas sobre  as minas de ouro eram falsas. O suposto alto teor e potencialdeclarado  pela  Aurum  contrariavam  estudos  de  entidades  brasileiras,  especialistas  em  geologia  e analistas de mineração.
Entre os comunicados falsos escritos por Crug e Crow, estava a declaração  de que a Aurum havia adquirido uma participação de 50% em uma mina brasileira com reservas de aproximadamente US$ 400 milhões em ouro.
A SEC informou que, antes de Crow ser acusado por esse esquema de investimentos, ele já estava  proibido  de  trabalhar  no  mercado  de  valores  mobiliários ou  de ocupar  cargo de  diretor  em companhias de capital aberto.
Com a PanAm Terra, empresa ligada aos dois acusados, Crow e Clug levantaram cerca de US$ 4 milhões de investidores na Florida, alegando supostas oportunidades de investimento em terrenos agrícolas na América do Sul. A SEC comprovou que esses terrenos nunca existiram. Com informações da assessoria da SEC, do South Florida Bussiness Journal e do BNA.
Fonte: Notícias de Mineração Brasil
Data: 17/12/2014


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