quinta-feira, 4 de dezembro de 2014

SERRA PELADA ou Crónica de um fracasso Colossal

Primeiro capítulo de uma estória com fracasso anunciado
Como em certas novelas, mostramos o capitulo atual (do resultado) antes de mostrar os capítulos dos anos anteriores (das causas) sem querer prejulgar das culpas.

Convidamos os participantes desta estória que começou em 2006 em Belo Horizonte e Toronto (Canada) a dar os seus testemunhos
Aguardaremos os capítulos finais porvir da novela

Primeiro capítulo (resultado) enviado por Jose Fernando da Silva Lemos


A União Nacional dos Garimpeiros disse que está “desesperada” com a situação do projeto de cobre e ouro Serra Pelada, em Curionópolis (PA), que pertence à joint venture formada entre Colossus Minerals e Coomigasp. Um dos representantes dos garimpeiros pediu ajuda à Ordem dos Advogados do Brasil no Pará (OAB-PA), solicitando interferência da entidade junto às autoridades para impedir os saques nas instalações do projeto.
 “Estamos entrando em desespero e com muito medo. As instalações da mina de ouro já foram saqueadas, estão roubando tudo, e nenhuma autoridade dá qualquer garantia para tranquilizar os garimpeiros de que a extração de ouro ainda pode ser feita com total segurança”, disse Paulo Gomes, que é ligado à União Nacional dos Garimpeiros.
Gomes afirmou que não teve sucesso em sua audiência com a OAB. A entidade informou que o garimpeiro deveria encaminhar suas reivindicações diretamente à sede da OAB de Marabá (PA), algo que Gomes diz já ter feito, sem sucesso.
“A OAB deveria encampar essa luta e ainda tenho esperança de que isso ocorra, porque em Serra Pelada já ocorreram assassinatos, roubos, saques de equipamentos da mina, além da contaminação que afeta a vida das pessoas”, afirmou o garimpeiro.
Segundo Gomes, a estrutura física de acesso à mina de ouro corre o risco de desabar por falta de manutenção e de bombeamento da água, que se acumula na cava com mais de 200 metros de profundidade.
A Colossus Minerals foi acusada pela Coomigasp de ter abandonado o projeto sem aviso prévio. Segundo a cooperativa, desde o dia 16 de outubro, os vigias do empreendimento não aparecem no local, que passou a ser alvo de saques.
No fim de outubro, Edinaldo de Aguiar Soares, presidente da Coomigasp, disse que o projeto estava abandonado pela mineradora, que não fazia qualquer manutenção na área, mas mantinha profissionais contratados para fazer a segurança da área.
Segundo Soares, antes de abandonar o local, a Colossus chegou a levar alguns equipamentos, mas não deixou qualquer aviso para que a Coomigasp assumisse a segurança da planta. “Tivemos que acionar a polícia e registrei um boletim de ocorrência, pois o cenário que encontramos foi de caos”, disse o presidente da cooperativa, em outubro.
“Equipamentos foram levados em caminhonetes e caminhões para Marabá, Araguaína e Parauapebas e alguns foram encontrados nos quintais das casas de funcionários da Colossus que moram em Serra Pelada. Objetos menores, como sofás, colchões, camas, centrais de ar e televisores, foram levados como podiam por vândalos, até crianças participaram do saque”, afirmou nota publicada no website da Coomigasp na época.

A intervenção judicial na Coomigasp, iniciada no dia 11 de outubro de 2013, encerrou-se no dia 10 de outubro, com a posse da nova diretoria da cooperativa. Na ocasião, o ex-interventor, Marcos Alexandre Moraes Mendes, disse que todos os Termos de Ajustamento de Conduta (TAC) determinados pelo Ministério Público Estadual foram cumpridos. Com informações do jornal Diário do Pará.

0 comentários:

Postar um comentário