Primeiro capítulo de uma estória com fracasso anunciado
Como em certas novelas, mostramos o capitulo atual (do resultado) antes
de mostrar os capítulos dos anos anteriores (das causas) sem querer prejulgar
das culpas.
Convidamos os participantes desta estória que começou em 2006 em Belo
Horizonte e Toronto (Canada) a dar os seus testemunhos
Aguardaremos os capítulos finais porvir da novela
Primeiro capítulo (resultado) enviado por Jose Fernando da Silva Lemos
A União
Nacional dos Garimpeiros disse que está “desesperada” com a situação do projeto
de cobre e ouro Serra Pelada, em Curionópolis (PA), que pertence à joint
venture formada entre Colossus Minerals e Coomigasp. Um dos representantes dos
garimpeiros pediu ajuda à Ordem dos Advogados do Brasil no Pará (OAB-PA),
solicitando interferência da entidade junto às autoridades para impedir os
saques nas instalações do projeto.
“Estamos entrando em desespero
e com muito medo. As instalações da mina de ouro já foram saqueadas, estão
roubando tudo, e nenhuma autoridade dá qualquer garantia para tranquilizar os
garimpeiros de que a extração de ouro ainda pode ser feita com total
segurança”, disse Paulo Gomes, que é ligado à União Nacional dos Garimpeiros.
Gomes afirmou que não teve sucesso em
sua audiência com a OAB. A entidade informou que o garimpeiro deveria
encaminhar suas reivindicações diretamente à sede da OAB de Marabá (PA), algo
que Gomes diz já ter feito, sem sucesso.
“A OAB deveria encampar essa luta e ainda tenho esperança de que isso
ocorra, porque em Serra Pelada já ocorreram assassinatos, roubos, saques de
equipamentos da mina, além da contaminação que afeta a vida das pessoas”,
afirmou o garimpeiro.
Segundo Gomes, a estrutura física de acesso à mina de ouro corre o risco de
desabar por falta de manutenção e de bombeamento da água, que se acumula na
cava com mais de 200 metros de profundidade.
A Colossus Minerals foi acusada pela
Coomigasp de ter abandonado o projeto sem aviso prévio. Segundo a cooperativa,
desde o dia 16 de outubro, os vigias do empreendimento não aparecem no local,
que passou a ser alvo de saques.
No fim de outubro, Edinaldo de Aguiar
Soares, presidente da Coomigasp, disse que o projeto estava abandonado pela
mineradora, que não fazia qualquer manutenção na área, mas mantinha
profissionais contratados para fazer a segurança da área.
Segundo Soares, antes de abandonar o
local, a Colossus chegou a levar alguns equipamentos, mas não deixou qualquer
aviso para que a Coomigasp assumisse a segurança da planta. “Tivemos que
acionar a polícia e registrei um boletim de ocorrência, pois o cenário que
encontramos foi de caos”, disse o presidente da cooperativa, em outubro.
“Equipamentos foram levados em
caminhonetes e caminhões para Marabá, Araguaína e Parauapebas e alguns foram
encontrados nos quintais das casas de funcionários da Colossus que moram em
Serra Pelada. Objetos menores, como sofás, colchões, camas, centrais de ar e
televisores, foram levados como podiam por vândalos, até crianças participaram
do saque”, afirmou nota publicada no website da Coomigasp na época.
A intervenção judicial na Coomigasp,
iniciada no dia 11 de outubro de 2013, encerrou-se no dia 10 de outubro, com a
posse da nova diretoria da cooperativa. Na ocasião, o ex-interventor, Marcos
Alexandre Moraes Mendes, disse que todos os Termos de Ajustamento de Conduta
(TAC) determinados pelo Ministério Público Estadual foram cumpridos. Com
informações do jornal Diário do Pará.
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