segunda-feira, 9 de março de 2015

O que é pior para a indústria mineral, bandidagem ou estupidez?


ver segunda parte

Iremos estudar esse assunto tão importante para um projeto mineral, mais importante ainda que outros critérios.
Iremos estudar em diversos artigos:
- a estupidez do ponto de visto genêrico ou a caracterização
- o calculo matematico da estupidez
- o gráfico da estupidez
- as variações de estupidez
- discussão sobre a estupidez
- a estupidez e a biologia
- enfim, o poder negativo da estupidez

esses artigos foram enviados por Fernando Lemos
No decorrer dos negócios e empreendimentos minerais aos quais participei na Amazõnia, verifiquei que o resultado final dos desviadores de dinheiro (bastante comums) era sempre menos desastroso que o resultado provocado pelas atitudes estúpidas dos chefes
Ao instar da sociedade considerar espertos bandidos contra bobos estupidos, não pode, entretanto criar uma oposição entre bandido e estúpido, pois ha também exemplos fartos de bandidos estupidos.
A estupidez sempre me fascinou. A minha, é claro – e isso é motivo suficiente para grande ansiedade. Porém, a situação é mais grave quando se tem a oportunidade de observar importantes decisões tomadas por pessoas importantes.
Geralmente tendemos a culpar a perversidade intencional, a malícia astuta, a megalomania, e outros defeitos morais pelas más decisões. Tudo isso conta, é claro, mas qualquer estudo cuidadoso da história, ou dos fatos, leva à conclusão invariável de que a maior fonte de terríveis erros é puramente a estupidez. Quando ela combina com outros fatores (como acontece amiúde) os resultados podem ser devastadores.
Um dos muitos exemplos de estupidez é o uso da intriga e do poder de manipulação no que se chama de “comportamento maquiavélico”. Obviamente, ninguém leu os livros de Maquiavel, e não é isso o que o velho Niccolò quis dar a entender.
Outra fato que me surpreende (ou não) é o escasso material dedicado ao estudo de um tema tão importante como esse. Existem nas universidades departamentos para analisar as complexidades matemáticas, os movimentos das formigas do Amazonas, a historia medieval da ilha de Perima, mas nunca soube de uma Fundação ou Conselho Consultivo que dê apoio aos estudos da Estupidologia.
Encontrei pouquíssimos bons livros sobre o tema. Um que li quando era adolescente, e do qual nunca me esqueci, se chama Uma Breve Introdução à História da Estupidez Humana de Walter B. Pitkin, da Universidade de Columbia, publicado em 1934. Encontrei-o por acidente faz muitos anos, quando estava mexendo nas estantes de livros de minha mãe. Fiquei muito contente, quando fui a casa dela ontem para buscá-lo. Ele ainda estava lá. Assim, velho como é, ainda é um livro muito bom. Algumas das observações do Professor Pitkin parecem extraordinariamente corretas, sessenta anos depois.
Mas, por que o autor chama de “uma breve introdução” a um livro de 300 páginas? Ao final do livro, diz: Epílogo: agora estamos prontos para começar a estudar a Historia da Estupidez. E nada se segue.
O Professor Pitkin foi um homem muito sensato. Sabia que toda uma vida era muito pouco tempo para cobrir ainda que um fragmento de tão vasto tema. Assim, publicou a Introdução, e isso foi tudo.
Pitkin estava muito consciente da carência de trabalhos prévios sobre o assunto. Ele tinha a sua disposição uma equipe de investigadores a qual pôs a realizar pesquisas nos arquivos da Biblioteca Central de Nova York. Nada encontraram. Segundo Pitkin, havia somente dois livros sobre a matéria: Aus der Geschite der menschlichen Dummheit de Max Kemmerich, e Über Dummheit de Leopold Loewenfeld. Infelizmente não entendo alemão, apesar de “Dummheit ” me parecer suficientemente claro; e creio que Kemmerich e Loewenfeld tiveram abundância especial de material para seus estudos, levando em conta o que aconteceu na Alemanha em 1933 e nos anos seguintes.
Na opinião de Pitkin, quatro de cada cinco pessoas tem quociente de estupidez suficientemente grande para ser chamadas “estúpidas”. Isso equivaleria a quinhentos milhões de pessoas, à época que ele escreveu o livro; agora são mais de quatro bilhões. Esse número por si já é bastante estupidez.

Ele observou que um dos problemas da Estupidez é que ninguém tem uma definição realmente boa. De fato, os gênios são amiúde considerados estúpidos por uma maioria estúpida (apesar de que ninguém tem, tampouco, uma boa definição de genialidade). Mas a estupidez definitivamente existe, e há muito mais dela do que sugerem nossos mais terríveis pesadelos. De fato ela domina o mundo – o que é claramente comprovado pela forma com que ele é governado. 

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