sexta-feira, 26 de junho de 2015
O ouro como remédio
Os
mais antigos registros sobre o uso medicinal do ouro vêm da Alexandria, Egito.
Há 5.000 anos, os egípcios ingeriam ouro para a purificação da mente, corpo e
espírito. Os antigos acreditavam que o ouro, no corpo, trabalhava para a
estimulação da vida e aumentava o nível de vibração em todos os níveis.
Os
Alquimistas de Alexandria desenvolveram um “elixir”, feito de ouro líquido.
Acreditavam ser o ouro um metal místico que representou a perfeição da matéria,
e que sua presença no corpo poderia estimular, rejuvenescer, além de curar uma
série de doenças, bem como restaurar a juventude e a saúde perfeita.
Aproximadamente
há 4.500 anos, os egípcios já usavam ouro em odontologia. Arqueólogos modernos
têm encontrado notáveis exemplos dos antigos usos do ouro. Hoje, ainda a favor
do ouro como material ideal para o trabalho dentário, aproximadamente 13
toneladas desse metal são usadas, a cada ano, para a confecção de coroas,
pontes, restaurações e dentaduras. O ouro é ideal para tais aplicações porque é
não-tóxico, pode ser facilmente modelado e nunca se desgasta, corrói ou perde o
brilho.
Na
Roma antiga, pomadas (unguentos) feitas com ouro eram usadas para o tratamento
de úlceras na pele, e, hoje em dia, finas folhas de ouro têm também papel
importante no tratamento de úlceras crônicas.
Na
Europa medieval, pílulas revestidas de ouro e “águas de ouro” eram extremamente
populares. Alquimistas misturavam ouro em pó nas bebidas, para confortar os
afetados por dores nas pernas. O uso do ouro em pó para combater dores causadas
pela artrite foi passado através dos séculos e, ainda hoje, é usado no
tratamento da artrite reumatoide, tendo sua eficácia confirmada por pesquisas
da medicina moderna.
Durante
a Renascença, o grande alquimista, considerado fundador da medicina moderna,
Paracelso, desenvolveu vários medicamentos, altamente bem-sucedidos, partindo
de minerais metálicos incluindo ouro. Um dos maiores alquimistas/químicos de
todos os tempos, fundou a escola de Iatroquímica, a química da medicina, a qual
é precursora da farmacologia.
Nos
anos 1900, cirurgiões implantavam peças de ouro de US$ 5 dólares sob a pele
próxima a uma junta inflamada, tal como joelho ou cotovelo. Como resultado, a
dor, com freqüência, diminuía ou cessava.
Na
China, as propriedades reconstituintes do ouro são ainda reconhecidas nas
cidades do campo, onde camponeses cozinham o arroz colocando na panela uma
moeda de ouro, a fim de ajudar a reabastecer o ouro em seus corpos, e alguns
restaurantes chineses utilizam folhas de ouro de 24 quilates em suas
preparações.
Ouro coloidal
Se
o ouro metálico é dividido em finas partículas (tamanhos atingindo de um a uma
centena de bilionésimos do metro, portanto 1-100 nanômetros), e as partículas
estão permanentemente suspensas em solução, o mineral torna-se conhecido como
ouro coloidal, exibindo, então, novas propriedades, devido à extensa área
superficial contendo grande quantidade de ouro.
Após
estudar os trabalhos de Paracelso, o renomado químico inglês Michel Faraday
preparou o ouro coloidal em estado puro, em 1857, e muitos usos foram
encontrados para suas soluções de “ouro ativado”.
Em 1890, o conceituado bacteriologista alemão, Robert Koch, obteve o Prêmio
Nobel, por ter descoberto que compostos feitos com ouro inibiam o crescimento
das bactérias que causavam a tuberculose.
No
Século 19, o ouro coloidal foi comumente usado nos Estados Unidos no combate ao
alcoolismo (então chamado dipsomania, definida como sendo um impulso mórbido e
irresistível, que leva a pessoa a ingerir grande quantidade de bebida
alcoólica), e hoje ele é usado para reduzir a dependência de álcool, cafeína,
nicotina e de carboidratos.
Nos
Estados Unidos, desde 1885, o ouro é conhecido por suas capacidades curativas
sobre o coração e melhora da circulação sanguínea. Desde 1927 tem sido usado no
tratamento de artrite.
Os
europeus estão atentos aos benefícios do ouro no sistema e têm adquirido
pílulas revestidas de ouro e “águas de ouro” (gold waters) a mais de cem anos.
Em
julho de 1935, na revista Clinical, Medicine & Surgery, em artigo
intitulado “Coloidal Gold in Inoperable Câncer”, escrito por Edward
H. Ochsner e colaboradores, é vista a seguinte afirmação: “Quando a condição é
desesperadora, o Ouro Coloidal ajuda a prolongar a vida, tornando-a mais
suportável para ambos, paciente e os que estão à sua volta, porque encurta o
período terminal de caquexia (estado de abatimento profundo, devido à
desnutrição, freqüentemente associada a uma doença crônica) e reduz bastante a
dor, o desconforto e a necessidade de ópios (narcóticos), na maioria dos
casos”.
Os
doutores Nilo Cairo e A. Brinckman são autores do best-seller “Matéria Médica”
(São Paulo, Brasil, 19a edição,
1965), no qual o Ouro Coloidal aparece listado como o remédio número um contra
a obesidade.
Usos Modernos
Hoje
em dia, os usos do ouro em medicina têm se expandido grandemente. Malhas feitas
com finíssimos fios de ouro são usadas em cirurgia para corrigir (“remendar”)
vasos sanguíneos, nervos, ossos e membranas. Médicos modernos injetam
partículas de ouro microscópicas para ajudar a retardar o câncer de próstata no
homem; mulheres com câncer no ovário são tratadas com soluções de ouro. Lasers
de vapor de ouro buscam encontrar e destruir células cancerosas, sem causar
danos às células vizinhas.
Diariamente,
cirurgiões fazem uso de instrumentos de ouro para “iluminar” artérias
coronárias e, lasers recobertos com ouro, dão nova vida a pacientes com
problemas no coração, e que não podem passar por uma cirurgia.
Um
novo composto experimental de ouro bloqueia a replicação do vírus em células
infectadas e está sendo testado para o tratamento da AIDS.
O
ouro vem se tornando uma ferramenta biomédica importante para cientistas que
estudam o por quê de o corpo se comportar de determinada forma, em certos
eventos médicos. Anexando um marcador molecular em uma peça de ouro
microscópica, cientistas podem seguir seu movimento através do corpo, dado o
fato de o ouro ser facilmente visível por um microscópio eletrônico. Podem,
assim, observar reações em células individualmente.
Alguns
pesquisadores estão colocando ouro no DNA para estudar material genético
híbrido em células. Outros o estão usando para determinar como as células
respondem às toxinas, calor e stress físico. Por ser ele biologicamente
benigno, bioquímicos usam-no para produzir compostos com proteínas, criando
novas drogas “salvavidas”. O ouro tem sido conhecido através dos anos por seu
efeito direto sobre as atividades do coração, auxiliando na circulação
sanguínea. Beneficia o rejuvenescimento lento dos órgãos, especialmente o cérebro
e o sistema digestivo e tem sido usado nos casos de congestão glandular e
nervosa e nas falhas de coordenação.
O
mecanismo de estabilização da temperatura do corpo é restaurado com ouro,
particularmente em casos de calafrios, ondas de calor e suores noturnos.
O
ouro coloidal tem um efeito estabilizante e harmonizador sobre todos os níveis
do corpo, mente e espírito. É usado para melhorar atitudes mentais e tratar
estados de instabilidade mental e emocional como depressão, melancolia,
aflição, medo, desespero, angústia frustração, tendências suicidas, transtorno
afetivo, memória fraca, concentração fraca, e muitos outros desequilíbrios da
mente, corpo e espírito.
O
ouro coloidal aumenta a energia e age positivamente sobre a libido. Ele também
auxilia nos distúrbios de déficit de atenção.
De
acordo com numerosos estudos, o ouro coloidal aumenta a acuidade mental e a
habilidade de concentração. Trabalhos recentes apontam um aumento de 20% no
Q.I. de pessoas que ingerem diariamente doses de ouro coloidal, por apenas três
semanas O ouro coloidal tem sido pensado para fortalecer o funcionamento
mental, pelo aumento da condutividade entre terminais nervosos no corpo e sobre
a superfície do cérebro.
Outros
tratamentos tradicionais incluem, além da artrite, obesidade, úlceras de pele,
ferimentos por picada, danos em nervos (neuropatia), desintoxicação, destreza
motora, hiperatividade, visão fraca. É também usado para aliviar a debilitação
e desnutrição, associadas a doenças crônicas.
As
fabulosas propriedades curativas do ouro estão sendo devagar, mas seguramente
descobertas. Modernos cientistas e médicos descobriram o que os antigos já
sabiam: o ouro é, sem sombra de dúvida, um metal muitíssimo precioso!
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