quinta-feira, 29 de outubro de 2015

Incompreensão e discriminação na fonte dos conflitos garimpeiros-empresas



A questão da garimpagem em nossa região é seria e grave, disse o vereador Peninha em pronunciamento na manhã desta terça feira, dia 27 na Câmara Municipal de Itaituba. Não apenas questões ambientais envolvem a garimpagem no Tapajós, mas a falta de uma politica para organizar esta atividade, que envolve milhares de gente.

Itaituba, continuou Peninha, por incrível que pareça, com toda esta crise que o Mundo vive hoje, ainda não foi bastante atingida. Exatamente por que a nossa economia  é o ouro.
O ouro vem segurando por décadas (desde 1958) a região, ressaltou Peninha. São centenas de garimpos e milhares de homens trabalhando há anos. Alguns enriqueceram e outros perderam suas vidas na busca do ouro.
A cada dia que passa, nossa região surpreende, mas sempre produzindo ouro e até diamante está sendo explorado hoje no Tapajós, lembrou Peninha.
Antigamente, o ouro era explorado apenas em barrancos. Depois em grotas e agora até nas margens dos rios, inclusive nas margens do nosso Rio Tapajós.
Mas um dos grandes motivos de nossa produção ainda é a figura do garimpeiro, já que o ouro das empresas  mineradoras não são comercializados aqui. São as dez, trinta, setenta gramas, que fazem circular diariamente em torno de R$ 1.000.000,00 em ouro no nosso município, destacou o edil.
Por este motivo, temos que apoiar a garimpagem dos pequenos garimpeiros, claro, não deixando de também apoiar as empresas  mineradoras que aqui chegam para se instalarem, gerando emprego e divisas para nosso município.
Disse Peninha, que com a chegada das empresas mineradoras, muitos conflitos vem ocorrendo em nossa região e temos que intermediar para evitar o pior. O garimpeiro trabalha na extração do ouro aluvionar, enquanto a mineradora vai muito além do subsolo.
Então, colegas vereadores temos que intermediar junto a empresa e os garimpeiros meios de ambos trabalharem, evitando os conflitos, afirmou Peninha.
Fui procurado esta semana pelo Presidente da Cooperativa dos Garimpeiros do Agua Branca, Francisco Dias Silva, conhecido por França. Ele pediu para que esta Casa de Leis intermediasse uma reunião entre a Cooperativa e a empresa Mineradora Brazauro no sentido de evitar um conflito entre garimpeiros e homens da empresa, lembrou o vereador.
Segundo o Presidente da Cooperativa, dezenas de garimpeiros estão trabalhando há anos em uma área requerida para pesquisa pela Brazauro e agora estão sendo ameaçados de serem retirados, continuou Peninha.

A Brazauro Recursos Minerais S.A requereu em 2010, uma área de 9.783,72 hectares, localizada na região do Tocantinzinho, onde centenas de garimpeiros estão trabalhando há anos. A empresa, inclusive já instalou sua estrutura na área e vem pesquisando algum tempo, concluiu o vereador. 

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