terça-feira, 17 de novembro de 2015

A longa luta entre o ouro e a prata

Sob o reinado de Carlos Magno (768-814), os Francos anexam a Bavaria (788-794) e a Baixa Saxônia em 804 depois de uma longa guerra contra os Saxons. Na morte de Carlos em 814, eles decidiram usar a prata  abundante na saxonia  para o dinheiro circulante, condenando assim a produção de ouro. Este monométalisme privilegiando a prata durou quatro séculos.
Os mineiros alemães tornaram-se especialistas em técnicas minerarias para a localização e extração de depósitos de prata em toda a Europa Central. Esses migrantes perpétuos estavam dispostos a deixar um distrito ja empobrecido para ir ate áreas remotas, onde o rumor de um novo boom era deflagrado tal as fofocas de hoje no Brasil.
Três grandes cidades comerciais da Itália no século XIII decidiram jogar a carta do ouro, o que mudaria para sempre a favor do ouro o embate entre os dois metais, cada cidade criando uma moeda própria fabricada neste metal, mais difícil de ser erodido. O florim de ouro, a moeda principal da Idade Média foi criado em 1252 pela sociedade, de cambistas e banqueiros (Arte del Cambio) de Florença. Genova cria no mesmo ano o Genovini. Saint Louis na França cria em 1264 os grandes torneios de prata e o Louis d´ oro proibindo ao mesmo tempo os nobres de criar moedas.A Veneza feudal, ou seja a terceira cidade italiana criou em 1284 o ducado de ouro. O florim de ouro se valoriza rapidamente frente ao antigo florin de prata e as demais moedas.

O florim permite aos fabricantes de tecidos da cidade de Florença a compra do lã Inglês em 1270. Sua pureza se impõe, porque sua fabricação é liderada por dois signori della zecca eleitos a cada seis meses para controle da qualidade e pureza dos florins. O sucesso do florin estímula a prospecção de ouro das minas de ouro, particularmente na Eslováquia. Kremnitz era praticamente a única fonte de ouro entre 1320 e 1350, ao lado de ouro sudanês que atingiu o Mediterrâneo e de la a italia.

0 comentários:

Postar um comentário