sexta-feira, 27 de novembro de 2015

O ouro como nervo das guerras e conquistas (parte 2)

Em Gana, o comércio incentivou o surgimento dos estados Akan na estrada que leva para as minas do sul, através da floresta, pouco povoada até o final do século XV, quando alguns grupos Akan lá se estabeleceram com sorgo, banana e mandioca. No início do século XVI fontes europeias mencionam a existência de Estados ricos em ouro no vale superior do Ofin (Guana). Os Acuamus viviam próximo as minas de ouro de Birin. Na mesm época, os Mandingos do Mali, que haviam fundados os estados Hausa no norte da Nigéria e perto do Lago Chade, emigraram para o sudoeste e subjugaram os povos indígenas do norte de Gana e Burkina Faso. Eles fundaram os estados de Dagomba e Mamprusi e influenciaram o desenvolvimento do reino Gonja.
O primeiro estado Akan remonta ao século XV, o território do futuro reino Ashanti. Os comerciantes Dioula, de raça Mandingo vieram lá para comprar ouro. Outros Mandingos se  preocuparam da pouca quantidade de ouro que o Reino de Bono forneciam aos Dioula. O motivo era a chegada de novos compradores na costa, os Portuguêses, em 1471. Após a sua chegada, eles encontram vários reinos africanos e controlaram alguns depósitos de ouro importantes. Em 1482, o Português construiu A mina Castelo, o primeiro assentamento europeu na Costa de ouro.

Foi só mais tarde, no século XVII, na costa que se formou o reino Denkyira e ao norte, o reino Ashanti e seu primeiro soberano Obiri Yebora, cujo sucessor Osei Tutu ganhou uma série de vitórias contra os Estados vizinhos, graças a armas de fogo fornecidas pelos europeus. Foi ele quem recebeu do céu, através de um adivinho famoso Okomfo Anokaye o trono de ouro, símbolo do poder dos reis Ashanti, que derramaram o sangue dos prisioneiros capturados no campo de batalha.

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