segunda-feira, 4 de agosto de 2014
Comentário do geólogo Alain Lestra a respeito do artigo “geofísica na Amazônia”
A geofísica aérea funciona,
mas no Tapajós apresenta características “sui generis”,
A RTZ voou para
diamante a 300m nos anos 90 e detectou diversas anomalias magnéticas, foram
testadas uma por uma com loaming, nada foi encontrado. Procuravam por kimberlitos.
Em 1998, a RTZ voou
para ouro e metais básicos após a descoberta por terra do V3 e localizou os outros
“V”, anomalias poli metálicas com fontes epitermais ou pórfiros, mas com a radiométria por causa das alterações
hidrotermais ligadas a estas anomalias.
Mas a principal jazida,
o V7 é marcado não pela radiometria, mas pelo contato claro entre Low e High
Mag.
Em 2011, os garimpeiros
acharam os diamantes do Tapajós, sem geofísica, na mesma área voada pela RTZ, mas
hoje após as pesquisas terrestres, sabe-se que os diamantes do Tapajós não estão
provenientes de kimberlitos e nem de rochas magnéticas! A mag, claro, nunca
iria funcionar!
Muitas Junior Compagnies
voaram, mas não apareceram anomalias, ou pior, apareceram demais; e não casam sempre
com as jazidas garimpeiras conhecidas;
Como no Tapajós, as
empresas têm outras formas de approach: as jazidas garimpeiras, sondaram essas
jazidas diretamente ou após a geoquímica e confirmaram que na sondagem o ouro
correspondia a baixo mag, o que é normal; o que deixa de ser normal é o ouro em
profundidade ficar ligado a loew Mag e nos levantamentos aéreos as jazidas já
detectadas estarem no contato entre alto e baixo mag, e até mais no alto, como
no croquis anexo onde retiramos os dados sigilosos;
Uma outra utilidade da
geofísica no Tapajós é a detecção fina ou seja se a linha de voo passar por
cima de um corpo mesmo pequeno de ouro e que esse corpo já foi pressentido seja
por geoquímica, seja por geologia, seja por trabalhos garimpeiros, a mudança
magnética brusca vai mostrar a localização exata deste corpo e permitir a sua
descoberta com trincheira.
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