segunda-feira, 4 de agosto de 2014

É possível driblar a proibição de lavrar filões por PLG? Sim!



A lei 7805 declara que só pode usar PLG para lavrar material transportado, secundário:

- De forma aluvial em igarapés e rios onde o transporte foi grande (transporte de quilômetros de distância)
- De forma coluvial nos declives como derrames de filões onde o transporte é médio (centenas de metros de distância)
- De forma elúvial onde o transporte foi pequeno (alguns metros e até dezenas de metros de distância).
O que é elúvio? Formalmente é a alteração superficial do filão, a parte que desagregou na superfície por causa dos agentes atmosféricos; é uma terra rica com pedregulhos originários do filão já erodido e o ouro que ficou no lugar após a desagregação do material que o envolvia: este material pode ser lavrada por lei através da PLG, mas quando afunda alguns metros aparece o filão claramente definido; tem que parar? Pelo espirito da lei, sim!, pois a lei foi criada considerando os filões e elúvios de Minas Gerais ou de Curitiba, mas esqueceram de nós de novo.....
E por causa deste esquecimento e da maneira diferente dos filões e elúvios ocorrerem no Tapajós e na Amazônia, criou-se a possibilidade dos garimpeiros do Tapajós driblar uma lei feita para os outros e a revelia da realidade da Amazônia:

Normalmente na Amazônia e particularmente no Tapajós, por causa do clima, existe uma zona alterada de 25 m de espessura; não é rocha, é terra, chamamos de saprolito ou regolito, é formada da destruição das rochas, os cristais são diluídos e sobram as partes mais resistentes como quartzo em forma de rocha, esses blocos de quartzo acabam quebrando e se desmontando ao perder a sustentação das rochas encaixantes que são mais frágeis e que acabam sendo saprolitizadas mais rapidamente e ai os blocos de quartzo constitutivos do filão acabam sendo transportados tanto na vertical e ate na lateral de alguns centímetros ou até dezenas de cm; é filão mas um filão transportado de poucos centímetros, mas é transportado, portanto é secundário e neste sentido poderia ser lavrado legalmente.
Essa argumentação poderá não ser aceita pelo fiscal do DNPM, que tem que seguir uma lei feita para o sul e sudeste do país, mas ela é lógica e merecedora de recurso e caso os recursos administrativos não serem acatados, recursos judiciais darão razão ao minerador.
O Jornal do ouro poderá indicar geólogo e advogado para uma argumentação técnica e jurídica inatacável.
Agora se quiser descer abaixo de 25 m e detonar o filão com explosivos, o JO não poderá ajudar. Você estará neste caso na ilegalidade.
No croqui anexo modificado pelo JO, o filão saprolitizado e “transportado’ esta em vermelho.

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