Os marajás das índias devotavam
ao ouro e aos diamantes, uma natureza verdadeiramente mística. Pensavam, por
exemplo, que o ouro e os diamantes possuíam MARAS, alguma coisa como uma força feminina, sensibilidade e que
poderia aumentar a potencialidade sexual tanto da mulher como do homem.
O marajá de Baroda fazia tecer
suas vestes cerimoniais com fios de ouro, por uma família que tinham suas unhas
cortadas em dentes de pentes para atingir a perfeição da tecelagem. O elefante
sobre o qual se deslocava o marajá era coberto de ouro maciço. O palanque real,
a carapaça, o bracelete nas quatro patas e até as correntes que pendiam das
orelhas do animal eram de ouro.
O carro mais estranho do parque automóvel
dos soberanos indianos era um Lancaster, pertencente ao marajá de Alwar,
plaqueado de ouro, tanto por dentro como por fora. O motorista e o mecânico
sentavam em almofadas tecidas a ouro.
Para o marajá de Batiala, o
famoso Bhupinder Singh, homem de 350 mulheres, o problema era encontrar
afrodisíacos suficientes.
Ele montou em uma das salas do
palácio um laboratório onde seus alquimistas começaram a fazer coquetéis de
ouro, pérola, prata, diamante e ervas diversa. Mas, o efeito destes produtos
mostrou-se efêmero para tantas mulheres.
Porém o mais rico de todos era o
Nizan de Hiderabad. Em 1947, quando a índia entrou em independência do Reino Unido,
ele era o homem mais rico do mundo, mas sua avareza era também lendária.
Vivendo num barraco ao lado do palácio para economizar energia, a gaveta da sua
habitação miserável continha um fabuloso diamante de 280 quilates, o
Kor-I-Noor, caprichosamente embrulhado em jornais velhos. Nos jardins
abandonados por conta da miserabilidade de não contratar jardineiros, havia caminhões
repletos de lingotes de ouro. Tudo podia faltar menos o ouro e o diamante.
Acha ridículo? Fora de moda? Incompatível
com o mundo moderno?
Seria esquecer a simbologia das
alianças de ouro e das joias;
Seria esquecer os projetos de mineração
de ouro com os financiamentos obtidos a partir do presente de uma pepita ao
presidente da empresa estrangeira financiadora;
Seria esquecer o olhar e a boca da
mulher dos seus sonhos com o anel de ouro cravejado de diamantes que acabou de lhe
ser presenteado
O poder dos MARAS nunca deixará de exercer a sua força mística
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