segunda-feira, 8 de setembro de 2014
A municipalização não encurtou distancia, aproximou o usuário dos problemas humanos
Ao tentar aproximar o usuário do
gestor ambiental, o governo do Estado do Para, com a descentralização, a
municipalização e a IN 006/2013 perdeu o controle do meio ambiente e aproximou
o minerador não da gestão, mas dos problemas
humanos e criou quatro efeitos perversos antes inexistentes:
1- A politização: As secretarias são
políticas, nomeadas por gestores municipais e alguns desses secretários
procuram punir quem não apoiou a campanha do seu prefeito e agraciar quem o fez
e neste objetivo, observa-se um festival de irregularidades, licenciando uns
ate a revelia das decisões de justiça e recusando a outros com exigências
absurdas e ilegais.
2- A ânsia em arrecadar: muitos municípios
são carentes de recursos financeiros e a tônica é aproveitar essa nova possibilidade
para arrecadar, mesmo a revelia da razão, da Lei da oferta e procura e das leis
municipais. No caso da mineração de ouro que é vista erroneamente por muitos
gestores como fonte de dinheiro inesgotável, as taxas de licenciamento que são
no Estado de R$ 1900,00 para 500 hectares, passaram para 19.000,00 (dez vezes
mais) em alguns municípios. Resultado, todo mundo voltou a
licenciar no Estado.
3- A ânsia do poder, impedindo o
licenciamento de um lado, ameaçando do outro, cutucando para levar as forças
policiais a agir nos garimpos e assim forçar os usuários a ficar na mão destes recém entronizados gestores ambientais.
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