sábado, 6 de setembro de 2014

Só se conseguiu achar jazidas visíveis até mesmo da lua

Na esteira dos artigos do GEÓLOGO Pedro Jacobi a respeito das empresas de mineração e dos exploracionistas,
segue parte da introdução do trabalho do GEÓLOGO Marcondes Lima Costa, apresentado no simpósio de geologia da Amazônia de 1971, que mostra porque as empresas de pesquisa estrangeiras alistam tantos fracassos.
(enviado por Fernando Lemos)
“Um dos grandes problemas dos países subdesenvolvidos, a exemplo do Brasil, com destaque para a AMAZONIA, é a falta de  formação de recursos humanos especializados, e ao mesmo tempo o menosprezo aos nativos, que com grande esforço procuram superar as dificuldades tentando formar grupos de excelência.
Assim que, empregaram-se milhões de dólares em mão de obra estrangeira de experiência não amazônica, relegando aquela gratuita, nativa. Desdenhar da capacidade dos técnicos das instituições de pesquisa, dificultar-lhes o acesso ás áreas de trabalho e evitar a cooperação universidade/centro de pesquisa empresa, foi a tônica de muitas empresas de mineração da região. Refrãos como “festival de teses” foram empregados por dirigentes de empresas, quando solicitadas a cooperar com as pesquisas acadêmicas, menosprezando o aprendizado e a força de trabalho das pós graduações e a riqueza de dados e trabalhos científicos das teses. Assim preferiram e continuam preferindo pagar rios de dinheiro para treinamento de seus técnicos em cursos relâmpagos, do que endereçá-los aos cursos de pós-graduação gratuitos e avançados das IFES. Outras em documentos internos endereçados às suas equipes de geólogos desdenhavam das pesquisas básicas, classificando-as de discursos acadêmicos infrutíferos.
Diante deste quadro seria surpreendente se as pesquisas geológicas no Brasil e na Amazônia tivessem alcançado um nível de excelência. Teria sido surpreendente se eles tivessem DESCOBERTOS JAZIDAS MINERAIS DE PORTE MENOR do que o Ferro de Carajás, das Bauxitas de Paragominas, Trombetas, e Almerim, do Caulim do Capim, da Cassiterita do Pitinga e Antonio Vicente, manganês da Serra do Navio, Buritirrama;  VISÍVEIS ATÉ MESMO DA LUA.

A ausência da ciência geológica nas descobertas destas MEGAJAZIDAS é tão surprendente, que nem uma delas serviu até hoje de modelo mineral para pesquisa de novos depósitos em outras regiões. Até porque, estatisticamente, pela dimensão absurda que tem, como Carajás, novas descobertas são altamente improváveis. Elas foram fruto da sorte, do acaso, deixando pouco ou nenhum mérito a geologia.”

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