segunda-feira, 15 de dezembro de 2014

Ouro na Água do Mar

Artigo enviado por Fernando Lemos
Um estudo do teor de ouro na água do mar foi feito entre as duas guerras Por Habber (citado por Hummel, 1957) em vista de uma extração de ouro. O autor constatou que há grandes variações de teores não só quando se passa de uma região para outra, mas também nas amostras de uma mesma estação feita simultaneamente em momentos diferentes.
De acordo com inúmeros ensaios se concluiu que as variações locais são na realidade devido ao fato de que na água do mar o ouro não ocorre apenas sob forma de partículas coloidais e, que é adsorvido por matérias orgânicas ou inorgânicas em suspensão.
Estudos recentes de Caldwell, de Stark e de Putnam (citado por Hummel) fornecem muitas variveis de 20 microgramas e 2 miligramas por m( metro cúbico). Em geral as águas costeiras são mais ricas em ouro que as águas afastadas do litoral.
As adsorções ou absorções do ouro pelas paredes de recipientes de Vidor ou polietileno são importantes, Hummel ( 1956), tomou precauções especiais para amostrar água do mar em recipientes de análises, ele encontrou os seguintes resultrados:
local
 Distancia da costa Km
Teores microgramas/m3
Centro de Portland
                  0
                      15
Ao largo de portland
                1,6
                     409
Ao largo de portland
                 8
                     185
Ao largo de portland
                41
                      49
Ao largo do golfo de Gascogne
              470
                      15
O que parece confirmar as constatações anteriores sobre a maior riqueza em ouro das águas costeiras em relação as afastadas.
Nota-se que Habber,por um processo químico encontrou uma média de 4 microgramas/m3 de ouro em 1.635 amostras tomadas pelo navio Méteor em 186 diferentes estações através do atlântico sul ( citado por Hummel).
Elementos Traços na Água do Mar
Antes dos trabalhos analíticos refinados sobre a composição em elementos traços da água do mar, durante séculos, era possível pensar que o oceano fosse repositório para um grande número de elementos úteis carreados até ele pelos rios como resultados do intemperismo de rochas. É de se esperar que muitos elementos se acumulem na água do mar. Por exemplo, as solubilidades da prata, do ouro, do mercúrio e do chumbo são muito altas em solução com alta concentração de cloretos, como a água do mar, devido a formação de cloretos complexos muito solúveis. Algumas análises da água do mar, disponíveis há muito anos, tendiam a provar este ponto de vista.
Essa crença foi positivada na Alemanha por Fritz Habber, após a primeira guerra mundial. Foi ele o descobridor do método para produção menos onerosa da amônia, que esperava usar a prata e ouro extraídos da água do mar para ajudar a aliviar o problema de recuperação da Alemanha, após a guerra. Suas experiências mostraram que o ouro poderia ser economicamente extraído da água do mar se ele ocorresse a um nível de concentração de uma parte por bilhão, concentração anteriormente relatada por alguns químicos. Esta concentração de ouro representaria uma reserva oceânica total de ouro de 1015 gr!!!!!!!!!!!!!!!!! (1.000.000.000 toneladas).
Quando Habber efetivamente tentou extrair ouro e prata da água do mar, entretanto, ele ficou completamente frustrado porque, como ele mesmo descobriu mais tarde, a concentração real não era uma parte por bilhão, mas cinco a dez partes por trilhão, uma concentração desesperadamente baixa para recuperação lucrativa.
Apesar de muitos metais existiram na água do mar como íons simples, carregados positivamente, circundados por halos de moléculas de água, os íons de alguns metais formam ligações químicas extremamente fortes e altamente solúveis com os íons de cloro carregados negativamente na água do mar, são os íons complexos.

O conteúdo de elementos dissolvidos na água do mar pode ser controlado por diversos mecanismos entre eles: adsorção sobre partículas suspensas de argila e outros materiais: remoção biológica; efeito químico de ambientes sedimentares oxigenados, costeiros, e outros ambientes destituídos de oxigênio.

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