Artigo enviado por Fernando Lemos
Um estudo do teor de ouro na água do
mar foi feito entre as duas guerras Por Habber (citado por Hummel, 1957) em
vista de uma extração de ouro. O autor constatou que há grandes variações de
teores não só quando se passa de uma região para outra, mas também nas amostras
de uma mesma estação feita simultaneamente em momentos diferentes.
De acordo com inúmeros ensaios se
concluiu que as variações locais são na realidade devido ao fato de que na água
do mar o ouro não ocorre apenas sob forma de partículas coloidais e, que é
adsorvido por matérias orgânicas ou inorgânicas em suspensão.
Estudos recentes de Caldwell, de
Stark e de Putnam (citado por Hummel) fornecem muitas variveis de 20
microgramas e 2 miligramas por m3 ( metro cúbico). Em geral as
águas costeiras são mais ricas em ouro que as águas afastadas do litoral.
As adsorções ou absorções do ouro
pelas paredes de recipientes de Vidor ou polietileno são importantes, Hummel (
1956), tomou precauções especiais para amostrar água do mar em recipientes de
análises, ele encontrou os seguintes resultrados:
local
|
Distancia da costa Km
|
Teores microgramas/m3
|
Centro de Portland
|
0
|
15
|
Ao largo de portland
|
1,6
|
409
|
Ao largo de portland
|
8
|
185
|
Ao largo de portland
|
41
|
49
|
Ao largo do golfo de Gascogne
|
470
|
15
|
O que parece confirmar as
constatações anteriores sobre a maior riqueza em ouro das águas costeiras em
relação as afastadas.
Nota-se que Habber,por um processo
químico encontrou uma média de 4 microgramas/m3 de ouro em
1.635 amostras tomadas pelo navio Méteor em 186 diferentes estações através do
atlântico sul ( citado por Hummel).
Elementos Traços na Água do Mar
Antes dos trabalhos analíticos
refinados sobre a composição em elementos traços da água do mar, durante
séculos, era possível pensar que o oceano fosse repositório para um grande
número de elementos úteis carreados até ele pelos rios como resultados do
intemperismo de rochas. É de se esperar que muitos elementos se acumulem na
água do mar. Por exemplo, as solubilidades da prata, do ouro, do mercúrio e do
chumbo são muito altas em solução com alta concentração de cloretos, como a
água do mar, devido a formação de cloretos complexos muito solúveis. Algumas
análises da água do mar, disponíveis há muito anos, tendiam a provar este ponto
de vista.
Essa crença foi positivada na
Alemanha por Fritz Habber, após a primeira guerra mundial. Foi ele o
descobridor do método para produção menos onerosa da amônia, que esperava usar
a prata e ouro extraídos da água do mar para ajudar a aliviar o problema de
recuperação da Alemanha, após a guerra. Suas experiências mostraram que o ouro
poderia ser economicamente extraído da água do mar se ele ocorresse a um nível
de concentração de uma parte por bilhão, concentração anteriormente relatada
por alguns químicos. Esta concentração de ouro representaria uma reserva
oceânica total de ouro de 1015 gr!!!!!!!!!!!!!!!!!
(1.000.000.000 toneladas).
Quando Habber efetivamente tentou
extrair ouro e prata da água do mar, entretanto, ele ficou completamente
frustrado porque, como ele mesmo descobriu mais tarde, a concentração real não
era uma parte por bilhão, mas cinco a dez partes por trilhão, uma concentração
desesperadamente baixa para recuperação lucrativa.
Apesar de muitos metais existiram na
água do mar como íons simples, carregados positivamente, circundados por halos
de moléculas de água, os íons de alguns metais formam ligações químicas
extremamente fortes e altamente solúveis com os íons de cloro carregados
negativamente na água do mar, são os íons complexos.
O conteúdo de elementos dissolvidos
na água do mar pode ser controlado por diversos mecanismos entre eles: adsorção
sobre partículas suspensas de argila e outros materiais: remoção biológica;
efeito químico de ambientes sedimentares oxigenados, costeiros, e outros ambientes
destituídos de oxigênio.
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