terça-feira, 2 de dezembro de 2014

Sem mente aberta, não se acha diamante!










A De Beers, maior conhecedora dos diamantes do mundo passou por cima do mega deposito de ArgYle da Australia, passou por cima das atuais descobertas brasileiras. Incompetência? Claro que não. Desconhecimento da geologia do diamante? Não.
A Rio Tinto pesquisou todo o Tapajós para diamante, seguindo as leis aprendidas na Austrália no depósito de argyle, procurando corpos magnéticos de pequenas dimensões. Testou todos e não encontrou nenhum com guias do diamante, 15 anos depois, os garimpeiros estão lavrando diamantes em colúvios,  bem nos locais onde encontraram as pranchetas de loaming da empresa. Não encontraram tão pouco os guias, mas encontraram o objetivo final: os diamantes
A causa? Conhecimento demais, vontade de comparar com o que tem de já pesquisado (essencialmente na África e Australia).
Eu trabalho com um dos maiores especialistas em diamantes no mundo.
Na minha simplicidade de não ser nem considerado conhecedor, observo os dados dos diamantes do Tapajós, pois vivo no meio deles há anos junto com os garimpeiros; relaciono uma observação a outra e tiro uma hipótese de trabalho que poderá ser confirmada ou não e informo da minha hipótese ao especialista mundial na África. Em 99% dos casos, a resposta é: IMPOSSÍVEL, pois o quadro não se encaixa na idade, ou na geologia da África ou da Australia ou na proporção gemas/boart. Mas Argyle também não. Os depósitos do Zimbawe, idem. Então porque os do Tapajós tem que se encaixar? Ainda mais que o meu guru do diamante reconhece que a idade do Tapajós não corresponde à idade dos kimberlitos. 
conclusões, vieram de milhares de quilômetros, de outros países, se aqui a geologia não se encaixa
O diamante pelas suas características e origem profunda e capacidade de transporte em milhares de km, não pode seguir leis rígidas.
Se somente pequena parte da geologia do diamante é conhecida, essa geologia não pode se transformar em leis, tão somente em exemplos
Se no ouro, já existem milhares de jazidas conhecidas e estudadas e mesmo assim, cada uma é diferente da outra, imagina no diamante para o qual as jazidas são pouquíssimas e não permitem formar regras seguras
A Africa mostrou um caminho, Argyle outro, O Zimbabwe outro porque o Brasil não acharia um quarto, ou se encaixaria em um dos três outros?
Uma coisa é certa, não se encaixa onde queremos, mas onde esta.


1 comentários:

Não esquece que antes das descobertas da áfrica no século XIX ( 187...) o Brasil desde 1729 já produzia diamantes.
Tem uma máxima em METODOLOGIA CINENTIFICA que diz: Tudo é verdade até que se prove o contrário. Era considerado uma verdade absoluta que só existia CISNE BRANCO, até o James cook ( o maior explorador da Inglaterra vitoriana) chegou na Austrália e deu de cara comum bando de CISNE NEGROS.
SE OS DIAMANTES DO BRASIL NÃO SE ENQUADRAM NOS MODELOS; QUE SE MODIFIQUEM OS MODELOS!!!!! SIMPLES COMO A MORTE

Fernando Lemos


Postar um comentário