segunda-feira, 24 de agosto de 2015
O efeito perverso das fiscalizações violentas no meio ambiente
Desde que houve queimas de equipamentos e retransmissão dos
fatos pela mídia, os garimpeiros do Tapajós passaram a ter uma atitude
completamente oposta à pretendida pelos órgãos de fiscalização, resultando num
clássico efeito perverso.
Passaram a sacar rápido do estoque natural, suspendendo os
trabalhos de reposição do passivo ambiental, para sair mais rapidamente do local
e tirar o máximo de ouro antes de outra fiscalização violenta.
A extrema dificuldade e o alto custo em conseguir a outorga
das PLG´s originado pelo vai e vem entre diversos órgãos federais, estaduais e
municipais controlados por critérios nem sempre técnicos é outro empecilho que
levou a maioria dos garimpeiros a baixar os braços e abandonar progressivamente
a consciência da necessidade de se legalizar.
A imensidão da região passa a ser vista como uma defesa no
meio de centenas e milhares de garimpos, esperando que a violência acabe
pegando o outro.
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