DEPOIS DE DIAS DE TRABALHO A RECOMPENSA
Resultado dos dias de trabalho em busca do minério, agora na fundição.
quinta-feira, 31 de julho de 2014
Círculos misteriosos são as fontes de parte importante do ouro do Tapajós.
A imagem de satélite anexa
de uma pequena parte do Tapajós mostra as estruturas circulares dos antigos
vulcões; é na borda destas estruturas circulares menores que as jazidas de ouro
primárias se localizam; hoje, esses vulcões estão erodidos, mas os pórfiros
subjacentes que ainda encerram parte importante do ouro afloram.
Comentário ao artigo geodiversidade vs biodiversidade
“QUEM
OLHA APENAS UMA ÁRVORE, DEIXA DE VER A FLORESTA”
Um biólogo só vê a camada
vegetal e a fauna.
Um geólogo só vê as rochas e os
minérios.
Quem decide a vida de centenas
de milheiros de pessoas só vê os votos e se assessora de pessoas que só
enxergam o que lhes interessam.
Evolução do preço do ouro
Para entender da
evolução do preço do ouro tem que entender a evolução da produção do ouro, pois
o preço segue a lei da oferta e da procura; há uma evolução histórica e uma
evolução momentânea baseada em muitos fatores.
A produção também é
influenciada pelo preço, quando o preço fica baixo demais, as minas ficam no
vermelho e fecham.
Primeiro, portanto, iremos
estudar a evolução macro (histórica) da produção de ouro.
quarta-feira, 30 de julho de 2014
Lei 12844 de 2013 referente a compra, venda e transporte do Ouro
Art. 37. Fica permitida a compra, venda e transporte de ouro
produzido em áreas de garimpo autorizadas pelo Poder Público federal, nos
termos desta Lei.
EXPLORAÇÃO GEOFÍSICA NA DOCEGEO-AMAZÔNIA: PRIMEIROS PASSOS
– Crônica Amazônica Kiyoshi Kadekaru
As equipes de exploração da DOCEGEO /
VALE foram responsáveis pelo descobrimento de muitos e significativos depósitos
minerais na região de Carajás. Essa história de sucesso tem como um dos fatores
principais, a constante integração de dados geológicos, geofísicos e
geoquímicos em todas etapas dos trabalhos prospectivos.
O geofísico Kiyoshi enviou um correio
narrando alguns dos primeiros acontecimentos da história da prospecção
geofísica desenvolvida pela DOCEGEO na Amazônia e que foi integralmente
transcrita nessa crônica.
O Blog, dessa forma, vai
desempenhando uma interessante função de transmitir a história da Exploração da
Amazônia, através de relatos desenvolvidos pelos seus personagens e
narrados de maneira simples e informal
O primeiro
levantamento aéreo na Amazônia feito pela Docegeo foi um
levantamento aeromagnético executado pela LASA, que era um braço da Cruzeiro do
Sul Linhas aéreas que depois virou Varig.
Foi um levantamento com linhas de 5
em 5 km de direção N-S que cobriu desde São Felix do Xingu até Marabá. As
linhas saíam do paralelo de Xinguara e iam até pouco ao norte da
estrutura do Sereno, da Serra Norte, e também a estrutura do Salobo 3A.
Numa segunda fase, linhas
intermediárias iriam detalhar blocos de áreas selecionadas
com intervalos de 2.5 km. Esta segunda fase nunca foi feita. Até hoje não
sei porque aquele levantamento foi suspenso. Acredito que tenha sido por falta
de verba. Na época entendi também que o levantamento tinha gerado polêmicas
sobre técnicas exploratórias para a Amazônia.
Em 1975 (ou 76 ?), o Dr.
Emmanuel Magalhães contratou no Canadá um consultor chamado Norman Paterson que
fez um giro comigo pelos distritos. Na Amazônia fizemos a interpretação deste
primeiro levantamento e nele ficaram marcadas as estruturas do Fe CKS, a
sequência do Salobo e do Aquiri. Lembro-me que o Igarapé Bahia tinha sido
detectado numa única linha de voo e o Dr Paterson interpretou aquilo como se
fosse um plug magnético.
De certa forma o Décio Alemão usava
as estruturas magnéticas coincidentes com as estruturas
alinhadas para fazer seus programas de SS e reconhecimentos geológicos.
Outra particularidade deste
levantamento foi uma extensão do levantamento para cobrir a estrutura
da Serra das Andorinhas que ficou como um " dente" anexo ao
enorme bloco voado.
O segundo levantamento da Docegeo foi um levantamento aeroeletromagnético
na Serra das Andorinhas no final de 1975. Quem fez o levantamento foi
a Geoterrex, uma empresa canadense que utilizava a tecnologia do EM
aéreo, aperfeiçoado pela Barringer Research.
O Armando deve se lembrar desse
levantamento, pois a nossa base foi em Conceição do Araguaia. Ficamos
alojados na casa da dona Rinalda (era esse o nome, Armando ?) que era
a única hospedagem naquela cidade. Depois dona Rinalda montou um belo hotel
(Hotel Marajoara ?) numa avenida nova que se tornaria uma artéria importante da
cidade.
Quando eu fui fazer o follow up das anomalias detectadas
na estrutura da Serra das Andorinhas, verificamos que se tratavam de
sedimentos (quartzitos segurando a estrutura) e ficamos acampados no Gemaque.
Um furo cortou folhelhos pretos. Naquele tempo achei que Andorinhas
era igual ao Grupo Bambuí. Mais tarde verificamos que a estrutura da Serra
das Andorinhas eram sedimentos assentados discordantemente sobre sequências magnéticas
que ocorriam nos arredores. Essas sequências magnéticas eram litologias do
Greenstone de Rio Maria.
Nós entramos em Andorinhas depois que
desistimos do Quatipuru. O Armando sabe muitos detalhes daquele
tempo.
Na rotina de campo, foi pelas
mãos do Armando que a geofísica entrou na Amazônia.
Grande abraço,
Grande abraço,
Kiyoshi
PS- Um levantamento aeromagnético feito pela Prospec S/A na época da Meridional/AMZA foi feito sobre Carajás. Foram linhas de 500 em 500 metros, de direção N-S e cobria das Serras Sul até as Serras Norte, incluindo as Serras do Rabo e iam até o rio Itacaiunas.
PS- Um levantamento aeromagnético feito pela Prospec S/A na época da Meridional/AMZA foi feito sobre Carajás. Foram linhas de 500 em 500 metros, de direção N-S e cobria das Serras Sul até as Serras Norte, incluindo as Serras do Rabo e iam até o rio Itacaiunas.
terça-feira, 29 de julho de 2014
Um guia para driblar os problemas entre técnicos brasileiros e estrangeiros.
Muitos técnicos
brasileiros reclamam que não podem usar a língua pátria, pois os chefes só
falam inglês; não adianta reclamar que “aqui é Brasil, e aqui tem que falar português”,
invariavelmente a resposta será incisiva, “é Brasil, mas o dinheiro fala
inglês”. Aproveita para usar isto para melhorar o seu inglês.
segunda-feira, 28 de julho de 2014
O garimpeiro não esta a MARGEM DA HISTÓRIA
Ele é parte da historia
do Brasil, ele é o Brasil desde os seus primórdios.
Negar o garimpeiro é
negar a própria essência do Brasil.
Nada diferencia o caucheiro
dos tempos de Euclides da Cunha com o garimpeiro de hoje a não serem as
ferramentas de trabalho mais poderosas.
Une o caucheiro ao
garimpeiro pela forma de vida errante, pela violência, pela recusa as regras da
sociedade organizada;
Une à sociedade de1905
a sociedade atual o mesmo olhar da sociedade Legalista da época e de hoje tanto
ao caucheiro, como ao garimpeiro, o olhar condescendente ou horrorizado a um
Brasil diferente.
Geodiversidade VS Biodiversidade
O Brasil é o país
que tem a maior biodiversidade de flora e fauna do planeta, Essa enorme variedade de animais, plantas, microrganismos e ecossistemas, muitos únicos em todo o mundo, deve-se, entre outros
fatores, à extensão territorial e aos diversos climas do país. O Brasil detém o
maior número de espécies conhecidas de mamíferos e de peixes de água doce, o segundo de anfíbios, o terceiro de aves e o quarto de répteis. Com mais de 50 mil espécies de árvores e arbustos, tem o primeiro lugar em biodiversidade vegetal.
domingo, 27 de julho de 2014
Quem matou a IN 006/2013?
Hoje é a festa dos
garimpeiros, há um ano, exatamente, no dia dos garimpeiros de 2013, a
esperança era grande;
Foram desprendidos esforços consideráveis tanto pelo governo
do Estado, tanto pelo governo Municipal de Itaituba, múltiplas reuniões com a
sociedade local para criar uma Instrução normativa que facilitasse o
Licenciamento Ambiental em garimpos; O Secretário Colares e o Dirceu sobrinho
empenharam-se pessoalmente; houve ate greve do comércio da
sábado, 26 de julho de 2014
Os geólogos canadenses não leram Descartes
Se
tivessesm lido, milhoes de dolares não estariam perdidos nas matas do Tapsajós..
“PENSO,
LOGO; DESCONFIO”
Comentário ao
artigo “os erros culturais dos geólogos do Canada”
Fonte:
Descartes, mas enviado pelo geólogo Fernando Lemos
Basta seguir os
ensinamentos do grande Descartes: DESCONFIE DE TUDO, principalmente de teores fantasticos de ouro,tem
alguma coisa esquisita, errada.
Discurso sobre o método foi
escrito em vernáculo (os textos filosóficos costumavam ser escritos em latim),
de maneira não-doutrinária, pois Descartes tentou popularizar ao máximo os
conceitos ali expressos e de maneira não impositiva, mas compartilhada.
sexta-feira, 25 de julho de 2014
Os erros “culturais” dos geólogos do Canada no Tapajós
Ninguém discute a
competência dos geólogos canadenses para aplicar a Lei 43101 do mesmo pais, mas
como eles não conhecem curimãs nem rejeitos eles acabam amostrando os como se
fossem solos normais desfigurando completamente os resultados da análise
geoquímica e enganando a si próprios;
Pior, quando os curimãs
são antigos e a mata acaba igualando visualmente solos originais e solos
transportados;
ARTIGO DO GEÓLOGO MONTE LOPES.
A
PROSPECÇÃO GEOQUÍMICA DA DOCEGEO NA AMAZÔNIA ( GEÓLOGO MONTE LOPES)
A prospecção geoquímica foi utilizada
pela Docegeo, especialmente na Amazônia, desde o seu início, em 1971. Na época,
praticamente todos os projetos faziam uso de prospecção geoquímica,
principalmente de sedimento de corrente e solo. Os trabalhos de programação e
amostragem eram executados pelas próprias equipes dos projetos, as quais sempre
tiveram liberdade para fazer adaptações e melhorias nos procedimentos,
ajustando o método aos objetivos e circunstâncias de cada projeto. Ao longo da
década de 70 e início da década de 80, os procedimentos de prospecção
geoquímica, de sedimento de corrente e solo, evoluíram, com a participação de
todas as equipes da Docegeo, até consolidarem-se numa forma não muito diferente
da que hoje é ainda praticada na Vale e nas principais empresas que fazem uso
de exploração geoquímica em ambientes similares. Embora os procedimentos tenham
evoluído com participação de todas as equipes, algumas contribuições
individuais foram marcantes nesse processo.
Situação da prospecção geoquímica no
Brasil antes da Docegeo – Cenário da época
Os primeiros trabalhos sistemáticos de
exploração geoquímica no Brasil são reportados nos anos 60, não sendo
conhecidos registros sobre trabalhos anteriores.
Tentando reconstituir o cenário da época
em que a Docegeo foi criada, em 1971, devemos recordar que a CPRM e o Projeto
RADAM surgiram também quase simultaneamente com a Docegeo. A CPRM começou a
atuar em 1970 e o Projeto RADAM, criado em 1970, começou o aerolevantamento em
1971. Os primeiros trabalhos sistemáticos de exploração mineral na Amazônia, ainda
em pequena escala, são do final dos anos 60, ou seja, poucos anos depois da
formação das primeiras turmas de geólogos brasileiros saídos das primeiras
escolas de geologia criadas pela CAGE (Campanha de Formação de Geólogos). A
CAGE é de 1957 e as primeiras turmas de geólogos foram formadas no início dos
anos 60. Antes desses, ou seja, no final da década de 50, estima-se que o
número de geólogos de campo no Brasil inteiro não passava de cinco dezenas.
Portanto, na época em que a Docegeo foi
criada, não só a prospecção geoquímica estava no seu início no Brasil, mas
também a própria exploração mineral sistemática. Era o início do período
moderno, pós-CAGE, da geologia no Brasil.
Início da prospecção geoquímica na
Docegeo
A Docegeo começou a operar em 1971, por
intermédio da Terraservice Projetos Geológicos Ltda (seu braço operacional). A
equipe foi montada com a contratação de geólogos que haviam trabalhado em
outras empresas (como Meridional e Codim), que já atuavam em exploração mineral
na Amazônia. Esses geólogos trouxeram para a Docegeo o conhecimento da prática
de levantamentos geoquímicos de sedimento de corrente e solo. Entre esses
geólogos, que deram essa grande contribuição inicial para a implantação da
prospecção geoquímica na Docegeo, estavam José Thadeu Teixeira, Walter Kou
Hirata e Décio João Keune Meyer.
Coordenação da geoquímica
Ainda no início da Docegeo, foi
constituído, na Terraservice, um grupo de planejamento e coordenação técnica na
sede da empresa, no Rio de Janeiro. Esse grupo era chefiado por C. R. Petersen,
que estava diretamente subordinado a Gene E. Tolbert (o grande idealizador e
construtor, junto com José Eduardo Machado, da Docegeo/Terraservice, que vinha
a ser uma espécie de departamento de exploração mineral da Vale). Esse grupo de
planejamento incluía especialistas de várias áreas de geologia (quase todos
estrangeiros), entre os quais o geoquímico Alberto Rúbio (peruano). O Rúbio
teve um importante papel no desenvolvimento da prospecção geoquímica na
Docegeo, com a proposição de melhorias nos procedimentos e na implantação de
ferramentas para interpretação dos levantamentos.
Laboratório
Um dos grandes problemas, no início da
década de 70, para a execução de extensos levantamentos geoquímicos era a
carência de laboratórios no Brasil. Havia poucos laboratórios e as análises
eram caras e demoradas. O Distrito Amazônia da Docegeo/Terraservice, chefiado
por Breno Augusto dos Santos, resolveu rapidamente esse problema com a
contratação do químico William McManus, em 1972. O McManus tinha operado antes
um laboratório de bauxita da Rio Tinto. Imediatamente, o McManus montou um
laboratório (Label) no fundo do escritório do DAM (Distrito Amazônia da
Docegeo) em Belém (a Casa Amarela da Almirante Barroso), com capacidade para
análises por absorção atômica e colorimetria, além de bauxita. O McManus foi um
excelente geoquímico analítico, capacitado para o desenvolvimento de métodos e
formação de equipe, tendo dado uma importante contribuição para a Docegeo.
Prospecção de ouro – O problema das
análises químicas de ouro
No final dos anos 70, ocorreram as
primeiras descobertas de ouro na Docegeo, primeiro, em Andorinhas (no Pará) e,
depois, em Santa Luz (na Bahia). A partir dessas descobertas, a Vale criou uma
área específica para a implantação dos projetos de produção de ouro e este
ganhou prioridade nos trabalhos de exploração da Docegeo. Nesse momento, um
grande problema surgiu, o problema das análises químicas de ouro. O ouro é,
reconhecidamente, um dos elementos mais difíceis de analisar com métodos
químicos de boa qualidade para exploração. Na época, os recursos analíticos
para ouro no Brasil eram muito limitados e caros. De outro lado, os projetos de
exploração de ouro começavam a produzir um número excessivo de amostras.
Consequentemente, o tempo de espera dos resultados tornava-se insuportável para
os projetos. Nesse contexto, a Docegeo, que, antes, nos seus trabalhos de
prospecção geoquímica, fazia uso de concentrados de bateia apenas em sedimento
de corrente, introduziu a rotina de contagem de pintas de ouro em amostras de
sedimento de corrente e solo. O Distrito Amazônia da Docegeo havia contratado
para sua equipe o geólogo Gabriel Guerreiro, que tinha conhecimento e
experiência no estudo de minerais pesados. Com a orientação do Guerreiro e a participação
do Armando Álvares de Campos Cordeiro, a Docegeo na Amazônia (e, depois, em
todo o Brasil) passou a utilizar sistematicamente a contagem de pintas na
prospecção geoquímica de ouro, tanto em sedimento de corrente quanto em solo.
Apesar de sua limitação, os levantamentos de contagem de pintas foram muito
úteis nos projetos de ouro. Ao longo dos anos 80, finalmente, o Label implantou
o método de análise de ouro com extração com MIBK e determinação com absorção
atômica, com limite de detecção de 50 ppb. Isso representou um grande salto de
qualidade nos trabalhos de prospecção de ouro na Docegeo. Mais adiante foi
implantado o método de fire-assay com absorção atômica, que passou a ser
utilizado tanto para análises de minério quanto para amostras de sedimento de
corrente e solo.
Apoio de consultores
Sem dúvida, muito da evolução e da
consolidação dos procedimentos de programação, execução e interpretação dos
levantamentos geoquímicos na Docegeo deveu-se à contribuição de alguns grandes
geoquímicos internacionais, por meio de serviços de consultoria. Entre esses,
destacaram-se Peter Bradshaw e Hubert Zeegers. Ambos, cada um no seu tempo,
Bradshaw em 1973 e Zeegers em 1985, contribuíram decisivamente para a
implantação de rotinas e procedimentos de todas as etapas da prospecção
geoquímica na Docegeo.
Sucesso da prospecção geoquímica
A história da prospecção geoquímica da
Docegeo na Amazônia é uma história de sucesso absoluto. Apesar de alguma
desconfiança no início, quando alguns acreditavam que o excesso de chuvas na
Amazônia poderia lixiviar os metais e dilui-los a ponto de não serem
detectados, a prática demonstrou o contrário, com a descoberta sucessiva de
inúmeras anomalias, que levaram à descoberta de depósitos importantes, entre os
quais o Salobo talvez seja o maior exemplo.
As leis do garimpo
É público e notório que
a sociedade do garimpo não segue as leis convencionais seja a da cidade ou do
campo; tem a sua própria lei que a despeito de suas qualidades e problemas está
regendo a vida de centenas de milhares de homens e mulheres da Amazônia.
Lei, ou melhor, código foi criado
pela prática, pela necessidade de sobrevivência em condições adversas dos
homens que vivem o fenômeno do ouro brasileiro. Nasceu este código ético sem
ser imposto por nenhuma autoridade, ou seja, naturalmente. Só é comparada a
velha lei da costa oeste da América do Norte tão decantada pelos inúmeros
filmes e livros, retratando essa época de pioneirismo.
quinta-feira, 24 de julho de 2014
Como limpar uma pepita de ouro
Um pequeno problema operacional com que nos
defrontamos é como retirar as impurezas superficiais (oxido de ferro-manganês,
quartzo, argila, etc) adstritas as pepitas de ouro. O processamento de limpeza
visando tornar a peça com seu brilho amarelo vivo pode ser feito em casa. Usar:
Uma colher de sopa de ácido chloridrico (Hcl) ou
sulfúrico (H2SO4) em 1 litro de água
Uma colher de sopa de sal
A cor do solo é uma ferramenta para achar um filão de ouro
O ouro quase sempre é
acompanhado de sulfetos (pirita, calcopirita, etc..); estes sulfetos liberam
ferro e cobre e esses elementos metálicos alterados mudam a cor do solo;
Fazendo o mapeamento
pela cor e dando um número na cor como na lingueta anexa, o computador acha a
anomalia de cor. A anomalia de cor corresponde à anomalia de sulfetos que
corresponde à anomalia de ouro. Depois,
cava-se e poderá achar-se um filão de ouro que poderá ser lavrado seja com poços, seja de
forma aberta dependendo do mergulho e da espessura do filão.
quarta-feira, 23 de julho de 2014
Como fabricar uma pepita de ouro em casa
Uma pepita vale se for
bonita de 20 a 50% a mais que seu peso em ouro, mas as pepitas são raras na
natureza; trata-se de uma joia da própria natureza, uma joia criada por Deus.
Na Europa, pode dobrar
ou triplicar o preço;
Conheço alguém que
pagava sua passagem e da família só com as pepitas levadas de Itaituba
Mas é possível fazer
pepitas de ouro em casa
Como?
Tem
que pingar ouro fundido em cima de sal grosso de churrasco
Melhor sal grosso
utilizado nos pais frios para derreter o gelo das estradas, mais grosso melhor!
Depois tira o sal com
água.
As bactérias solidificadoras e amalgamadoras do ouro
Os geólogos e
garimpeiros sabem de certos locais no Tapajós onde os garimpeiros retiraram uma
grande quantidade de pepitas e melhor, pepitas puríssimas e quando se cava em
baixo, nada, o ouro some; só encontram alguns frizes pobres.
A famosa área do Ouro
Mil que só pelo nome traduz a pureza do ouro das pepitas catadas neste garimpo
da região do Patrocínio é um exemplo disto, mas as pepitas do Cupu no garimpo
Boa Vista é outro destes exemplos.
terça-feira, 22 de julho de 2014
As PLG´s garimpeiras (Permissões de Lavra garimpeiras) tem o seu uso desvirtuado
Hoje, para se legalizar
um garimpo é preciso requerer o local do garimpo através de uma PLG (Permissão
de Lavra Garimpeira) instituído através da LEI 7805 de 1989; se estiver livre, o
que é raro, e depois licenciar com o meio ambiente (SEMA) ou secretarias
municipais a PLG poderá ser outorgada, mas licencia-se o local, um perímetro
limitado a 50 ha, pois uma licença ambiental (LO) esta obrigatoriamente
vinculada a uma PLG; Com a IN 006/2013, pode se licenciar ate 6 plg´s juntas ou
seja 300 há; isto é a Lei.
PLG NÃO DA DIREITO A EXPLORAR FILÃO
O ouro se apresenta de diferentes maneiras na terra e a
legislação das PLG´s (Lei 7805) diferencia os direitos pela forma onde o ouro
se apresenta
- De forma aluvial em igarapés e rios
- De forma coluvial nos declives como derrames de filões
- em filões (veins)
O croquis abaixo em inglês extraído do trabalho
da UFPA e da AMOT de Bernhard Peregovich e Armin Mathis mostra essas diferenças.Conceito das leis no garimpo
Do latim lex, uma lei é uma regra ou
norma. Trata-se de um fator constante e invariável das coisas que
nasce de uma causa primeira.
No âmbito do direito, a lei é um
preceito ditado por uma autoridade competente. Este texto manda ou proíbe algo
em consonância com a justiça e para o bem da sociedade no seu conjunto.
Por exemplo: “A venda de cocaína é penalizada pela lei”, “A lei proíbe que uma
mesma pessoa vote duas vezes nas mesmas eleições”, “Um homem de bem nunca age
de maneira contrária à lei”.
Sob um regime constitucional, a lei é
uma disposição aprovada pelos Tribunais e sancionada pelo chefe de Estado. As ações
que violam a lei são penalizadas com distintos castigos consoante a natureza
e a gravidade do delito.
Pode-se dizer que as leis limitam o
livre arbítrio dos seres humanos que convivem em sociedade. Funcionam como um
controle externo ao acionar humano que rege as condutas (os comportamentos). Se
uma pessoa considera que não tem mal em adaptar uma determinada ação, mas que
esta é punida por lei, terá tendência em abster-se de o fazer independentemente
daquilo que achar pessoalmente.
A lei (enquanto norma jurídica) deve
obedecer a diversos princípios, como é o caso da generalidade (abranja todos os
indivíduos), a obrigatoriedade (é imperativa) e a permanência (as leias são
ditadas com carácter indefinido), entre outros.
E no garimpo, que ficou isolado durante
décadas e que foi obrigado a criar suas próprias leis já que não existia o
poder de coerção (tribunais, policia, etc..) ou este poder dificilmente atingia
os que desobedeciam a Lei, sem contar que o grau de impunidade da sociedade
brasileira no seu conjunto dificilmente corresponde as necessidades de uma
sociedade do tipo da garimpeira.;
Ninguém criou a Lei do garimpo, ela se
criou como uma necessidade de sobrevivência da sociedade local.
Numa outra postagem iremos apresentar o
“código” não escrito do garimpo e alguns artigos são curiosos, e mostrar como
são escolhidos e funcionam os
“tribunais” e os “carrascos”.
segunda-feira, 21 de julho de 2014
A Lei Canadense 43101 seria a única Lei respeitada no Tapajós?
A obediência a Lei canadense 43101 no Tapajós não é perda de
soberania do Brasil, a Lei só pretende proteger os investimentos dos acionistas
deste pais e muitas das exigências desta Lei coincidem com as exigências da Lei
Brasileira, só que a Lei canadense é seguida a risco por ser condicionante dos
aportes financeiros e a Lei brasileira é seguida tão somente quando corresponde
a Lei 43101;
A total ausência de ”interpretações” políticas na aplicação
desta Lei explica a sua absoluta CREDIBILIDADE perante os atores técnicos e
jurídicos desta região e perante os atores financeiros no exterior.
Comentário do geólogo Fernando Lemos do DNPM do Pará
Comentário do geólogo Fernando Lemos
do DNPM do Para ao artigo “O ouro, Vanguarda do Liberalismo:
“Isso não tem nada de liberal.
“É volta ao estado natural”
Antecede ao contrato social do
Rousseau.
sábado, 19 de julho de 2014
FENÔMENO DE EXPANSÃO DE FRONTEIRA NO TAPAJÓS
O chamado fenômeno de expansão da
fronteira é um fator de revolução permanente, onde grupos sociais mantem
desequilíbrios longos, fatores de expansão rápida.
O oeste norte-americano, a Sibéria
soviética, e a Amazônia brasileira constituem formas de revolução social
constante, inclusive com seus cortejos de violência e a desobediência às regras
gerais da sociedade fonte. A squaterização, a desobediência aos princípios
fundamentais da propriedade, os fatores força, potência, premiados em relação
ao direito são formas destruidoras de estruturas sociais arcaicas, elementos
anti-esclerose e permite manter a sociedade em alto nível de crescimento
sexta-feira, 18 de julho de 2014
quinta-feira, 17 de julho de 2014
O Ministério do trabalho nos garimpos do Tapajós:
Uma prévia do que os
fiscais irão encontrar
O Ministério do trabalho vai iniciar fiscalizações nos
garimpos seguindo denúncia de um deputado paraense na câmara dos deputados em
Brasília
O que vão encontrar? Uma tradição e uma realidade de 60
anos, mas que os legisladores esqueceram-se de incluir na CLT, apesar de
representar a mais bem remunerada (para os empregados) relação
entre patrões e empregados do Brasil.
1-
Os garimpeiros trabalhadores são sócios do
patrão do garimpo recebendo percentagens variadas em função do tipo de lavra
quarta-feira, 16 de julho de 2014
Glossário de termos garimpeiros (letra A)
Aconçoado. Adj.
Conformado Estado de espírito resignado com o blefo, doenças, boca de
serviço cega ou fraca.
Aconçoado
macaco. Adj. Resignação exagerada. Expressão usada para
transmitir conformismo no âmbito da mata. Pouco usada na cidade.
Aconçoado
morto. Adj. Renúncia. Alguém que assume uma situação boa
ou má com espírito de renúncia total.
terça-feira, 15 de julho de 2014
Garimpo, um dos remédios à esclerose social
Desenvolvimento e decadência. Por que grupos sociais e nações
crescem rapidamente enquanto outros entram em franca decadência. Alguns
explicam pelas tradições, outros pelas tecnologias ou raça. Todos os
argumentos, porém são facilmente desmontáveis por processos comparativos no
tempo e no espaço.
Por que, por
exemplo, Alemanha e Japão cresceram muito mais que a Inglaterra depois da
guerra a pesar dos ingleses ter drenado para si a tecnologia dos vencidos.
segunda-feira, 14 de julho de 2014
Amores no garimpo, a Silvia
O Rui,
quase sempre adormecido na velha rede garimpeira armada para a eternidade no
vão principal do barraco facilitava sobremaneira o nosso namoro. Diz-se de
passagem que, por diversas ocasiões conseguimos nos encontrar sozinhos. Bom,
não sei se é desrespeito, se sequer tenho o direito de dizer, a verdade é que
vivi cinco encontros íntimos com Sílvia nas proximidades do barraco do Rui.
sexta-feira, 11 de julho de 2014
Ouro no barraco: o livro, capitulo 1, parte 2 (a cobra fumando)
Na balsa, peão fez
uma festiva algazarra com a chegada do café. “Caranguejo” me saudou em primeiro
lugar: “Ei, ‘Lampião’! Nós estamos bamburrados e as putas não sabem!”. “Chico
Índio”, por sua vez, sequer esperou a voadeira encostar para me exibir a última
cuiada, feita na terra rica, por baixo da sarrapilha. A tocha amarelo-vivo
brilhando úmida no fundo da cuia despertou o meu contentamento, mas não excitou
a minha ambição. Já estou acostumado com esses ouros comerciais. Por via das
dúvidas, em respeito à alegria da peonada, descarreguei o meu trinta-e-oito
para o alto, exibindo de propósito a minha rapidez no gatilho.
quinta-feira, 10 de julho de 2014
O OURO VANGUARDA DO LIBERALISMO
O garimpo hoje cristaliza uma nova sociedade individualista,
trabalhadora, apaixonada, uma sociedade de homens e mulheres arrojados. Sem se
conhecerem, esses homens e mulheres se encontram na mesma fé, em si próprios,
formando um conjunto e uma força nova, mas um conjunto que coloca o indivíduo,
reinventando as famosas teorias do liberalismo.
quarta-feira, 9 de julho de 2014
Ouro no barraco: o livro, capitulo 1, parte 1
Hoje tem ouro no barraco. Pela pinta da cuiada raspada no
pé da tarisca, peão arrisca acima de duzentos gramas bem amassados. Finalmente,
depois de três semanas de furação em terra cega, acertei numa boca de serviço
de respeito. Na balsa, os mergulhadores passaram a noite fazendo bubuia e
chamando ouro com tiros de vinte.
No barraco “dona Baiana”, minha cozinheira, está contente
com a novidade. Quem sabe irá caprichar no almoço de logo mais. Sei que, longe
de torcer pela balsa, “dona Baiana” está sempre pensando no reco do fundo da
canoa.
sexta-feira, 4 de julho de 2014
O que é ouro?
Ouro é um elemento químico de peso atômico 197,2, número
atômico 79 e símbolo AU (do latim Aureum). Tem ponto de fusão a 1063 grau Celsius
e ponto de ebulição a 2610 graus. A densidade do ouro na natureza vai de 15,6 a
19,3 variando por causa das misturas com outros elementos. E um dos primeiros
metais conhecidos, por existir em estado livre na natureza, em incrustação na
rocha e em grãos e pepitas nas areias e cascalhos dos aluviões. Já era
conhecido pelas mais antigas civilizações, como a egípcia e etrusca, e
acredita-se ter sido, junto com a terra e instrumentos para a caça e para a
guerra, o símbolo de riqueza por excelência.
quarta-feira, 2 de julho de 2014
Piada garimpeira
Conta-se que um velho garimpeiro, ao morrer, teve a sua alma
proibida de entrar no Reino Celestial por São Pedro sob a alegação de que os
garimpeiros chafurdavam o Céu fazenda pistas e baixando barrancos em todos os
recantos do Reino.
O velho peão, na iminência de baixar para o purgatório,
propôs o seguinte a São Pedro:
terça-feira, 1 de julho de 2014
A “SQUATTERIZAÇÃO” da Mineração no Tapajós - Problema ou solução?
“Squatterização” é uma palavra de origem inglesa que
significa ocupante ilegal. Quando ocorreu a primeira corrida ao ouro da Califórnia,
São Francisco, hoje capital do Estado mais rico dos U.S.A., tudo começou com um
acampamento de garimpeiros atraídos pelas notícias de ouro em uma fazenda
local. O fazendeiro suíço que havia descoberto e desbravado as terras no início
do século passado teve que ir embora e até hoje os seus descendentes procuram
reaver as terras, hoje ocupadas pela linda cidade de São Francisco.